Departamento Científico de Imunizações
O nascimento de um bebê prematuro é sempre motivo de muita preocupação para toda a família, especialmente para os pais.
Por diversos motivos, essas crianças são mais vulneráveis a algumas infecções e a prevenção ganha ainda mais importância nesse grupo de crianças.
A maior parte das defesas (anticorpos) transferidas da mãe para a criança, durante a gestação, ocorre no último trimestre da gravidez e, por isso, prematuros nascem em geral sem essa proteção. Além disso, há uma imaturidade do próprio sistema de defesa da criança em comparação com aquelas nascidas de uma gestação a termo.
Outras condições, muito frequentes nesses bebês, como anemia, desnutrição, desmame do seio materno e uso de alguns medicamentos que interferem na imunidade da criança, colaboram para uma maior vulnerabilidade dos prematuros a agravos de diversas naturezas, especialmente as doenças respiratórias. Quanto mais prematura for a criança, menor sua capacidade de resposta frente algumas infecções. Gripe, pneumonia, bronquiolite e coqueluche são exemplos de doenças que, em geral, são mais graves e frequentes entre os prematuros.
Além da frequente lavagem das mãos, o estímulo ao aleitamento materno, a não exposição dessas crianças ao fumo, evitar aglomerações e contato com pessoas doentes, e retardar o início em escolas e berçários, a vacinação dessas crianças é importante ferramenta na promoção de sua saúde e não deve ser esquecida, tampouco atrasada.
As vacinas contra meningite, pneumonia, coqueluche, hepatite B, rotavírus, gripe e as demais vacinas do primeiro ano de vida devem ser aplicadas segundo a idade cronológica da criança, independente de seu peso ou idade gestacional.
A prevenção das infecções causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR) é fundamental, já e este agente é o principal responsável pelas infecções pulmonares dessas crianças, com quadros de pneumonias e bronquiolite associadas a ele.
Todos aqueles que convivem com o prematuros devem também estar vacinados contra várias doenças, com o intuito de reduzir o risco de transmissão para o bebê. Essa estratégia inclui imunizar também os profissionais da saúde e cuidadores que lidam com a criança.
Vacinação é um ato de amor, e proteger nosso prematuro é dever de todos nós!