Departamento Científico de Aleitamento Materno
Sim, produtos como chupetas, bicos e mamadeiras podem ser prejudiciais à saúde da criança. Além de deformar a arcada dentária da criança, bicos podem provocar problemas de fala. E favorecem também a entrada de vírus, germes e bactérias na boquinha de seu filho. Além disso, durante a amamentação, os bicos podem também confundir a pega (sucção das mamas) adequada da criança ao peito materno, dificultando o aleitamento.
Sim. A amamentação do bebê é tão importante para a saúde que há alguns anos vêm sendo criados mecanismos de proteção quanto ao marketing de fórmulas lácteas, mamadeiras e chupetas. A principal meta é proteger as crianças que, antes mesmo de nascer, já são consideradas “consumidores em potencial”. São exemplos de regras criadas com essa finalidade a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de 1ª Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL) e a Lei nº 11.265/2006, que regulamenta a comercialização de alimentos para lactentes e crianças de primeira infância e também a de produtos de puericultura correlatos. Devem estar atentos, vigilantes e dispostos a lutar pelo direito ao aleitamento materno, em sua plenitude. É preciso monitorar as ações de marketing que respondem aos interesses de mercado. Por onde andamos, a propaganda nos alcança. São cartazes, folhetos, vitrines e anúncios nos meios de comunicação. Todos apresentam “soluções”. Porém, a amamentação não pode ser vista como um problema. E, por isso, a lei diz que não é permitido fazer promoção comercial de fórmulas infantis para lactentes, mamadeiras, bicos, chupetas e protetores de mamilos.
Considerando-se a saúde do bebê, o cenário ideal é a amamentação exclusiva no peito até os seis meses de idade. Somente a partir daí, deve ser ocorrer a introdução gradual de outros alimentos saudáveis, mantendo a amamentação até pelo menos os dois anos. Essa é a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS).