Publicado/atualizado: outubro/2025
Dra. Claudia Valente
Dr. Bruno Barreto
Departamento Científico de Alergia
A anafilaxia é uma reação alérgica grave, de início rápido, que pode colocar a vida em risco. Ela acontece quando o corpo reage de forma exagerada a algo que normalmente não seria perigoso. Os sintomas podem aparecer em segundos ou minutos e afetam mais de um sistema do corpo, como pele, respiração, coração e aparelho digestivo.
As principais causas envolvem os alimentos (leite, ovo, trigo, soja, castanhas, amendoim, peixes e crustáceos), medicamentos, picadas de insetos (abelhas, marimbondo ou formiga) e o látex (principalmente em crianças que passaram por múltiplas cirurgias e procedimentos).
Os sintomas podem surgir isolados ou combinados, e é justamente a combinação deles que acende o sinal vermelho. Fique atento se houver sintomas:
Se dois ou mais desses sinais aparecerem juntos após contato com algo suspeito, considere anafilaxia e aja rápido! É importante você saber qual a pressão arterial normal de seu filho. Quando acontece a anafilaxia, há queda importante da pressão arterial.
O que fazer na hora?
Pode voltar a acontecer?
Sim. Algumas pessoas apresentam uma reação bifásica, ou seja, os sintomas retornam após algumas horas, mesmo com o tratamento inicial. Por isso, a avaliação médica e a observação por várias horas são essenciais.
Como prevenir novos episódios?
Existem fatores que influenciam a ocorrência de anafilaxia?
Sim, nós chamamos de “cofatores”. O exercício físico pode ajudar a desencadear alguns tipos de anafilaxia, infecções, estresse, viagens e estado pré-menstrual, também são importantes cofatores que devem ser descritos ao alergista para melhor diagnóstico e acompanhamento de seu filho.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (https://www.sbp.com.br/) e a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (https://asbai.org.br ou https://anafilaxiabrasil.com.br) oferecem materiais educativos sobre o tema. Sempre converse com seu pediatra ou alergista.
Os familiares e cuidadores, incluindo os profissionais da escola, precisam estar informados do agente causador da anafilaxia para a criança ou adolescente e como lidar em caso de nova reação.
Entregue um relatório do alergista e imunologista que acompanha o seu filho na escola para que todos estejam cientes dos cuidados necessários.
A chave do tratamento da anafilaxia é o reconhecimento precoce do quadro e o uso correto da adrenalina autoinjetável, que é a primeira medicação de escolha, não podendo haver atraso na sua aplicação.