Publicado/atualizado: outubro/2025
Departamento Científico de Saúde Escolar
As doenças infecciosas, muitas delas contagiosas, são comuns durante a infância e podem acometer também os adolescentes. É preciso tomar certos cuidados nessas situações desagradáveis.
Inicialmente, é preciso observar com atenção nas primeiras horas. Se for um resfriado comum, por exemplo, siga as orientações já conhecidas de seu pediatra. Mas sempre é bom lembrar que muitas doenças graves podem começar com sinais e sintomas simples, como febre e mal-estar, e piorar rapidamente. Nesses casos, contate o pediatra de seu filho, serviços de pronto atendimento pediátrico ou leve em uma Unidade de Pronto Atendimento – UPA - SUS, para ser assistido pelo pediatra do plantão. A família deve comunicar a escola sobre a sua suspeita e deve estar atenta ao calendário de imunizações do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Em primeiro lugar, para a escola saber o motivo da falta do estudante. Mas também porque a escola pode tomar providências, se for uma doença contagiosa, para evitar que ela se espalhe; em alguns casos, para que quem teve contato com a criança receba medicações preventivas; e para ficar atenta ao aparecimento de novos casos. De acordo com a doença, a escola pode, por exemplo, desinfetar ambientes, buscar orientação do serviço de vigilância epidemiológica e, a partir daí, tomar outras medidas.
O ideal é que todo medicamento com orientação do pediatra assistente seja dado em casa. No entanto, isso nem sempre é possível, e acaba sendo necessário tomar um remédio no horário escolar. Nesse caso, não havendo nenhum impedimento, o remédio pode ser dado, acompanhado da receita médica, com a dose e o horário informados com exatidão e recomendação de como conservá-lo, se refrigerado ou não. Todo medicamento deve estar na embalagem original, e identificado com o nome do estudante.
A família deve ter em mente que CRIANÇA DOENTE NÃO DEVE IR À ESCOLA nem a compromissos sociais como festas, eventos e competições. A saúde da criança e do adolescente é acompanhada com visitas regulares ao pediatra, onde será avaliado seu estado nutricional, sua situação vacinal, suas condições físicas e mentais. Outros pontos importantes são a higiene das mãos e das roupas, uso de máscaras quando necessário, ventilação dos ambientes. Sempre que possível, a família deve vivenciar contato com a natureza e vida saudável.
A escola deverá afastar os casos positivos de alunos e funcionários, identificar e monitorar contatos próximos. Por meio de comunicado oficial, orientar toda a comunidade, alertando sobre a doença e a observação de sintomas.
Em algum momento, é possível que as atividades precisem ser interrompidas temporariamente, como esportes, reuniões sociais e eventos em que haja aglomeração.
A criação de um canal para esclarecimento de dúvidas, para pais e funcionários, é interessante e facilita a atualização de informações sobre a doença e as medidas preventivas.
A parceria entre família e escola é fundamental na vida da criança e do adolescente. Em geral, mediante atestado médico as escolas podem repor avaliações e os conteúdos podem ser solicitados. Os atestados devem ser valorizados ao refletirem uma doença real que impediu o aluno de comparecer, exemplo de atitude ética com a comunidade escolar.
As recentes experiências com o uso da tecnologia podem auxiliar muito, se a escola disponibilizar recursos online, aulas gravadas, envio de materiais por correio eletrônico, sob supervisão da família.