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Saúde e Espiritualidade em Pediatria Parte 2

Publicado/atualizado: novembro/2025

Grupo de trabalho de Saúde e Espiritualidade em Pediatria

O(A) filho(a) modifica a sensibilidade e a percepção de sua mãe? Sim, a maternidade oferece a oportunidade à mulher de se empenhar em buscar o melhor de si, para ajudar e preparar seus filhos para as vivências e desafios do mundo.

Como podemos exemplificar essa conexão tão forte com a mãe? Essa conexão que se iniciou na vida intrauterina prossegue durante o período de aleitamento materno. O leite materno, o único alimento capaz de se modificar a cada mamada, de acordo com a necessidade do bebê, demonstra a perfeita interação e a comunicação que se estabelece entre o organismo da mãe e seu filho.

A figura paterna também interfere e pode facilitar a conexão da criança com sua espiritualidade? Sim, com certeza. Através do seu apoio e carinho com a companheira, ele estimula os sentimentos de proteção e segurança do lactente e a cada dia sua presença se torna mais importante e marcante. A interação energética e harmoniosa dessa relação provoca na criança a sensação de tranquilidade e confiança na sua presença. A dedicação e carinho que recebe do pai, que o incentiva e apoia para superar suas dificuldades, fortalecerá a criança para enfrentar os desafios da vida.

As crianças quando não atendidas nas suas necessidades espirituais podem desequilibrar o seu sistema de saúde? Por definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), saúde é o estado de bem-estar físico, mental, espiritual, emocional e socioambiental. Quando um destes componentes é afetado, ocorre prejuízo à saúde, até o retorno ao seu estado de equilíbrio e à saúde integral.

E na adolescência, que por definição da Organização Mundial da Saúde é o período da vida dos 10 aos 19 anos, a espiritualidade também é muito importante? Na adolescência, a espiritualidade é tão importante quanto na infância. Estudos mostram que a espiritualidade e as práticas religiosas em adolescentes auxiliam no propósito de vida e no desenvolvimento de habilidades, como superar desafios, ter força e resiliência em situações de vulnerabilidade, fazer escolhas pessoais e interagir com outras pessoas.

Como o adolescente demonstra sua espiritualidade? Para o adolescente a forma como percebe e sente intimamente o contato com o transcendente é mais importante do que a participação em cultos religiosos. E estudos demonstram que isto também é um fator protetor para comportamentos de risco, como uso de substâncias ilícitas.

Isto traz um impacto para a família? Estudo realizado recentemente no Brasil, com adolescentes de 10-11 anos, mostrou que pais destes adolescentes relataram que a religiosidade e a espiritualidade são importantes e positivas para a educação de seus filhos, especialmente no desenvolvimento de valores, caráter e um estilo de vida mais ético.

Como os pais podem incentivar a espiritualidade de seus filhos? Estimulando atividades variadas como prática de esporte, contato com a natureza, participação em trabalho voluntário, expressão de seu mundo interior através da arte, além de fortalecimento da convivência em família e em atividades religiosas conjuntas como oração, meditação e leitura.

Devemos reconhecer a espiritualidade na adolescência? Sim! Ter um propósito e/ou sentido de vida, junto aos seus pares, é um fator protetor para depressão, suicídio e uso de substâncias ilícitas. Estudos mostram que a espiritualidade e a religiosidade proporcionam aos adolescentes melhor aceitação dos momentos de dificuldade e desafios da vida. Aderem, com maior facilidade, aos tratamentos médicos quando com uma enfermidade e encontram um significado e força para resistir às adversidades, baseado em sua fé.

Podemos concluir que a espiritualidade é essencial para a saúde integral das crianças e adolescentes? Com certeza! Cultivar espiritualidade e religiosidade, ter um propósito de vida, pode ser o fator decisivo para que crianças e adolescentes consigam enfrentar e superar os desafios da vida.


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