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Pneumonia

Publicado/atualizado: outubro/2025

Departamento Científico de Pneumologia Pediátrica

  • Por que a pneumonia ocorre?

A pneumonia é uma doença muito comum na infância, especialmente nos menores de 5 anos. Muitas vezes, ela surge como complicação de uma gripe ou resfriado. Micro-organismos que normalmente estão no nariz ou na garganta da criança podem atingir os pulmões e provocar a infecção. Em alguns casos, a pneumonia também pode surgir quando uma bactéria se espalha pelo sangue e chega até os pulmões. Crianças pequenas, prematuras ou com doenças crônicas têm maior risco de apresentar pneumonia.

  • Quais são os sintomas da pneumonia na infância?

Os sintomas mais comuns em crianças são febre, tosse, cansaço e dificuldade para respirar. As crianças maiores e adolescentes podem referir dor no peito. 

Naquela criança que tem febre e tosse, são sinais de alerta para pneumonia a febre persistente, ou quando a criança permanece abatida, prostrada, sem vontade de brincar, mesmo quando a febre já foi controlada.

Também é um sinal de alerta e de maior gravidade a respiração rápida, o esforço para respirar e a coloração arroxeada dos lábios e das unhas.

  • O chiado no peito pode ser um sinal de pneumonia?

O chiado no peito (sibilo), aquele som parecido com um assobio ao respirar, não é um sintoma típico de pneumonia bacteriana (causada por bactérias).

O chiado aparece com mais frequência nas infecções respiratórias virais e nas doenças que afetam as vias aéreas (os brônquios e os bronquíolos) como na asma e na bronquiolite viral. Ele também pode estar presente nas pneumonias virais.

  • Qual a diferença de pneumonia comunitária e pneumonia hospitalar?

A pneumonia adquirida na comunidade (PAC) é aquela que acontece em crianças que não estiveram internadas no último mês. Ou seja, a infecção foi contraída em casa, na escola ou em outros ambientes do dia a dia. Nesses casos, os microrganismos envolvidos costumam ser vírus e bactérias comuns que circulam na comunidade.

A pneumonia hospitalar (nosocomial) é a que aparece durante ou logo após uma internação hospitalar. Como o hospital tem bactérias diferentes, mais resistentes a antibióticos, esse tipo de pneumonia geralmente é mais grave e exige tratamento específico.

  • Como se faz o diagnóstico da pneumonia?

O diagnóstico de pneumonia é essencialmente clínico, precisa de poucos ou nenhum exame complementar. Em alguns casos pode ser necessário realização de exames de imagem (como o Raio X de tórax). Outros exames complementares são necessários em casos específicos. 

  • Existe “princípio de pneumonia”?

Não. O termo “princípio de pneumonia” é popular, mas não é correto do ponto de vista médico. A pneumonia: ou presente ou não está.

  • Qual o tratamento da pneumonia?

O tratamento depende da causa e da gravidade do quadro.

Nas pneumonias virais, na maioria dos casos, o tratamento é apenas de suporte, ou seja, repouso, aumento da ingesta de líquidos, controle da febre e acompanhamento médico.

Nas pneumonias bacterianas, é necessário o uso de antibióticos. Na maioria dos casos, o tratamento pode ser feito com antibióticos administrados por via oral em casa, mas sempre com acompanhamento médico e avaliações periódicas. Em casos mais graves ou em situações especiais, como em bebês pequenos e em crianças com condições associadas, entre outros, o tratamento requer internação hospitalar e antibióticos aplicados diretamente na veia. 

  • A pneumonia em crianças sempre é grave?

Nem sempre. Muitas pneumonias podem ser tratadas em casa, com consultas médicas periódicas, principalmente nos casos mais leves. Mas é importante lembrar que toda criança ou adolescente com pneumonia precisa deste acompanhamento médico regular, pois a doença pode se agravar e exigir internação hospitalar.

  • Existe prevenção?

Sim. Algumas medidas reduzem o risco de pneumonia, são elas:

-Vacinação: vacinas como a pneumocócica, contra Haemophilus influenzae tipo b (Hib) e da gripe são protetoras.

-Higiene das mãos e manter ambientes ventilados ajudam a reduzir transmissão de vírus e bactérias.

- Aleitamento materno: Favorece a imunidade do bebê e reduz o risco de infecções.

- Evitar tabagismo passivo.




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