Publicado/atualizado: outubro/2025
Departamentos Científico de Nutrologia
Dra. Maria Carolina de Pinho Porto (RJ)
Mito. O excesso de suplementos não aumenta a inteligência e pode causar intoxicação. A via preferencial é sempre alimentar — frutas, legumes, cereais, feijão, carnes, leite, ovos e peixes fornecem os nutrientes necessários.
Mensagem-chave: suplementos só devem ser usados em casos de deficiência diagnosticada pelo pediatra.
Ref.: SBP Suplementação de Micronutrientes 2022; WHO 2020.
Verdade. O ferro é fundamental para mielinização e neurotransmissores. Sua falta causa déficit cognitivo, prejuízo da memória, apatia e atraso de linguagem.
Fontes: carnes vermelhas, frango, fígado, feijão, lentilha, espinafre e couve.
Mensagem-chave: priorizar via oral na dieta; suplementar apenas se anemia ferropriva for confirmada.
Ref.: IOM, 2011; SBP 2022.
Verdade. O iodo garante produção de hormônios tireoidianos, cruciais para maturação cerebral. Deficiência pode levar a baixo QI, déficit de atenção e comprometimento intelectual
Fontes: sal iodado (uso moderado), peixes como badejo e pescada, leite, queijos e iogurte.
Mensagem-chave: consumir iodo via dieta; suplementos só se houver risco comprovado de deficiência.
Ref.: WHO/UNICEF 2019.
Mito. Além de ossos, participa de funções neurológicas e imunológicas. Deficiência pode causar atraso motor e dificuldades de aprendizado.
Fontes: exposição solar, peixes gordurosos (sardinha, salmão, atum), ovos e leite fortificado.
Mensagem-chave: exposição solar e dieta são a via preferida; suplementos só quando os níveis séricos estão baixos.
Ref.: IOM 2011; SBP 2022.
Verdade. Essencial para sinapses e neurotransmissores. Deficiência leva a déficit de atenção, atraso motor e menor memória de curto prazo.
Fontes: carnes, ovos, feijão, grão-de-bico, lentilha, castanha de caju e nozes.
Mensagem-chave: priorizar alimentação; suplementação só em casos confirmados.
Ref.: IOM 2011; SBP 2022.
Mito. O DHA é essencial na infância para memória, linguagem e visão. Deficiência resulta em déficit de atenção e dificuldades de aprendizagem.
Fontes: sardinha, cavalinha, salmão, atum; alternativas vegetais como chia, linhaça e nozes.
Mensagem-chave: preferir alimentos ricos em DHA; suplementar apenas em dietas sem peixe e sob orientação médica.
Ref.: FAO/WHO 2010; Innis 2007.
Verdade. A colina é precursora da acetilcolina, um neurotransmissor essencial para memória e atenção, além de participar da formação da mielina, que protege os neurônios e favorece o aprendizado. A falta desse nutriente pode levar a dificuldades de memória, aprendizado mais lento e menor concentração.
Fontes: ovos, fígado, leite, feijão, grão-de-bico e ervilha.
Mensagem-chave: a melhor forma de garantir colina é por meio de uma alimentação variada. A suplementação só deve ser indicada em situações específicas e com acompanhamento médico.
Ref.: IOM 2011; Zeisel 2006.
Mito. Também atua no amadurecimento cerebral. Deficiência causa maior suscetibilidade a infecções, fadiga, apatia e menor desempenho escolar.
Fontes: fígado, leite, ovos, cenoura, abóbora, manga e mamão.
Mensagem-chave: manter variedade alimentar; evitar suplementação indiscriminada por risco de intoxicação.
Ref.: IOM 2011; West KP 2003.
Mito. Atua como antioxidante no cérebro e melhora absorção de ferro. Deficiência pode gerar cansaço, dificuldade de concentração e risco de anemia ferropriva.
Fontes: frutas cítricas (laranja, limão, tangerina), acerola, goiaba, morango, tomate e brócolis.
Mensagem-chave: incentivar frutas e vegetais diariamente; suplementos apenas em deficiências confirmadas.
Ref.: IOM 2011; Harrison FE 2012.
Verdade. Crianças com cardápios ricos em ferro, zinco, iodo, colina, vitaminas A, D e C, além de ômega-3, apresentam melhor atenção, memória e rendimento escolar. Deficiências podem gerar fadiga mental e menor desempenho acadêmico.
Mensagem-chave: a melhor “suplementação” é a refeição equilibrada; pílulas só em caso de diagnóstico.
Ref.: Florence MD. J Sch Health 2008; SBP 2024.
Resumo prático para famílias: