Publicado/atualizado: outubro/2025
Tania M R Zamataro
Departamento Científico de Causas Externas
É uma boia inflável colocada em volta do pescoço do bebê para mantê-lo flutuando na água, geralmente usada em banheiras ou piscinas.Já chegou a ser usado como uma ferramenta de fisioterapia (intervenção de terapia aquática) para bebês com atrasos ou deficiências no desenvolvimento.
A aparência “fofa” e o fato de o bebê flutuar tranquilamente transmitem falsa sensação de segurança. Opescoço e a cabeça do bebê são extremamente frágeis, e o dispositivo pode causar lesões, sufocamento ou afogamento silencioso.o FDA (Food and Drug Administration) emitiuum alerta em 2022, contra o uso desses dispositivos em fisioterapia e após, também não recomendandopara uso recreacional.
O bebê pode deslizar para dentro do dispositivo ou virar, podendo afundar rapidamente,ou com o rosto submerso,sem tempo para o cuidador reagir. O afogamento nessa idade ocorre em segundos e sem barulho.O adulto pode teruma falsa sensação de segurança e diminuir a supervisão, aumentando o risco de acidentes.
Pode causar sufocamento por compressão das vias aérease até danos na coluna ouna traqueia, especialmente em bebês menores de 6 meses.Portanto, com o uso dessas boias, há risco de morte por afogamento e sufocamento, distensão e lesão no pescoço do bebê.
Mesmo que pareça confortável, ele não tem controle dotronco ou pescoço. O relaxamento pode ser sinal de fadiga muscular ou hipóxia leve(diminuição da oxigenação), o que é perigoso e pode evoluir rapidamente.
Sim. Relatórios médicos e alertas de órgãos como o CDC (EUA) e FDA já notificaram afogamentos, asfixias e lesões cervicais graves associadas ao uso dessas boias.
Nunca é recomendado. Nenhuma idade é segura para o uso de boias de pescoço. O bebê deve estar sempre com um adulto segurando-o diretamente, sem dispositivos que substituam o contato.
Sim. O ideal é banho supervisionado em superfície firme, com o bebê no colo do adulto ou em assentos de banho aprovados (e mesmo assim, com vigilância constante).
Sim. O uso frequente pode afetar o controle postural e motor, pois o bebê fica “pendurado” pelo pescoço em vez de aprender a sustentar o próprio corpo naturalmente, além do risco das lesões