Pesquisa aponta que 20% do público de 18 a 24 anos já experimentaram cigarros eletrônicos. Tema compõe programação do 2º Congresso Goiano de Pediatria que acontece no próximo sábado (06)
A moda dos cigarros eletrônicos que se tornou febre entre adolescentes já acendeu o alerta em especialistas e autoridades públicas. Mas um dado recente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) joga ainda mais preocupação sobre o problema. De acordo com o órgão, quase 17% do público com idades entre 13 e 17 anos confirmaram já ter utilizado o equipamento. Em meio ao cenário crescente de utilização do aparelho, especialistas vão debater o assunto durante o 2º Congresso Goiano de Pediatria que acontece no sábado (06) no Transamerica Collection Hotel, em Goiânia, em parceria com o laboratório EMS Farmacêutica.
Presidente da SGP (Sociedade Goiana de Pediatria), a pediatra Valéria Granieri detalha que a questão dos vapes deixou de ser apenas médica para se tornar um assunto de interesse coletivo. “Nós estamos falando de uma prática que pode virar epidemia de saúde. E, como se trata de adolescentes, pessoas que estão iniciando a vida, o tema agora deve envolver toda a sociedade e os agentes que dela fazem parte. Famílias, escolas e poder público não podem se furtar a esse debate”, explica.
A preocupação de especialistas não é irrelevante. De acordo com a Universidade Federal de Pelotas (RS), quase 20% dos jovens entre 18 e 24 anos já experimentaram os vapes. Os dados foram revelados em pesquisa da própria instituição. “Não existe uma margem de segurança. Ninguém que se entrega a esse vício dos cigarros eletrônicos está livre dos efeitos colaterais”, declara Granieri.
Superexposição às telas
O 2º Congresso Goiano de Pediatria incluiu nas discussões uma palestra destinada a tratar dos riscos em torno da superexposição às telas. Especialistas abordarão um problema que, além de afetar o desenvolvimento infantil, prejudica também o sono, a alimentação, a audição, causa dores musculares e também disfunções na visão. “Até os dois anos não recomendamos nenhuma interação com as telas. Após isso, é preciso ter jogo de cintura principalmente com as crianças em idade escolar. Iremos discutir maneiras de conscientizar os pais e responsáveis sobre os prejuízos em torno do uso excessivo desses aparelhos”, detalha Granieri.
Outros temas direcionados ao cuidado com a criança e o adolescente também integram o evento promovido pela SGP, especialmente aqueles que acendem sinais claros de alerta, como o aumento da obesidade. Discussões relacionadas à abordagem terapêutica do TEA (Transtorno do Espectro Autista), infecções comuns na infância e a atuação do pediatra no desenvolvimento infantil também são temáticas que compõem as palestras e mesas redondas do evento que deve receber especialistas de diferentes regiões do Brasil.
Acompanhe a programação completa
Fonte: Assessoria de comunicação/ SGP
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