Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes relembra a importância da proteção aos mais vulneráveis

Levantamento do Unicef aponta 45 mil casos de estupro por ano no Brasil. 

Na data em que é relembrado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes (18 de maio), especialistas da SGP (Sociedade Goiana de Pediatria) reforçam a necessidade da discussão sobre meios de prevenção, combate e denúncia desse tipo de crime que afeta pelo menos 45 mil vítimas anualmente, segundo o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).

Situação que vem ganhando destaque nos últimos anos, especialmente após o início da pandemia da covid-19, foi o aumento dos casos de abusos no ambiente online. Com o uso mais intenso da internet, os predadores do mundo digital acabam transformando um momento de distração em uma verdadeira tragédia. Informações da ONG Safernet apontam que 111.929 denúncias de crimes cibernéticos envolvendo vídeos e fotos de violência sexual contra crianças e adolescentes foram registradas em 2022 no Brasil. O dado aponta crescimento de 9,91% na comparação com 2021.

“A inteligência artificial trouxe ainda mais facilidades aos abusadores. Ali eles conseguem se passar por crianças e adolescentes a fim de convencer com mais facilidade as vítimas. Já no meio presencial, vale relembrar que, na maioria dos casos, o abusador pode estar integrado ao ambiente familiar”, alerta a presidente da SGP, Valéria Granieri. 

Identificando um abuso

A especialista explica que nem sempre os sinais de abuso são claros, especialmente quando a criança é muito nova. Mas, independentemente da idade e do meio no qual o crime é cometido, existem pontos emocionais que podem ser notados:

  • Extrema submissão;
  • Agressividade;
  • Brincadeiras sexuais inadequadas;
  • Queda repentina no rendimento escolar;
  • Dificuldade em criação de vínculos com familiares e amigos;
  • Desconfiança excessiva;
  • Ideias suicidas;
  • Medo do sexo oposto ou de adultos;
  • Automutilação.

Sequelas futuras

Qualquer tipo de abuso sexual, seja ele virtual ou não, causa traumas que podem durar por toda a vida. Um dos principais impactos psicológicos é o medo excessivo. O sentimento, segundo especialistas, é a base para outros problemas emocionais graves. “A lista de prejuízos é imensa e não deve ser desconsiderada. Na fase adulta, por exemplo, podem existir conflitos relacionados à baixa autoestima, transtornos de ansiedade, problemas sexuais e maior risco de depressão”, finaliza Granieri.

Pena

No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente configura como crime o compartilhamento, armazenamento e a produção de conteúdo sexual infantil. A pena prevista é de reclusão de três a seis anos, além de multa. Já quando tipificado como abuso sexual, a pena varia de 6 a 10 anos de prisão. Em casos de lesão corporal considerada grave, o crime é inafiançável e vai de 8 a 12 anos. 


Fonte: Assessoria de Comunicação/SGP

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