Setembro amarelo: como identificar um comportamento suicida no seu filho?

As mortes por suicídio vêm crescendo nas últimas décadas, especialmente entre crianças e adolescentes. Dados do Ministério da Saúde mostram que, de 2000 a 2015, os suicídios aumentaram 65% entre pessoas com idade de 10 a 14 anos e 45% de 15 a 19 anos. Números tão alarmantes preocupam e, para tratar de um tema que precisa romper as barreiras do silêncio e ser cada vez mais discutido, a SGP (Sociedade Goiana de Pediatria) apoia a campanha “Setembro Amarelo”, de conscientização sobre a prevenção do suicídio.

Iniciado no Brasil em 2015 pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), CFM (Conselho Federal de Medicina) e pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), o Setembro Amarelo chama a atenção para o grave problema de saúde pública que é o suicídio. As ações ligadas ao mês mobilizam pessoas e entidades de todo o País, que promovem palestras, orientações, rodas de conversas e outras atividades. Elas visam informar públicos de todas as idades sobre a importância de entender comportamentos e emoções que levam ao suicídio, reconhecimento de sinais de risco, a necessidade de auxílio psicossocial, entre outras formas de prevenir a situação.

Foco nos sinais

Pais, familiares e profissionais que acompanham crianças e adolescentes podem perceber alguns sinais que indicam um comportamento autolesivo. De acordo com a vice-presidente da SGP e especialista em desenvolvimento e comportamento, Ana Márcia Guimarães, entre eles estão o isolamento e anedonia (perda de interesse em atividades antes praticadas), sentimento de abandono, problemas familiares e escolares, desesperança em relação ao futuro, e o uso de álcool e outras drogas. “Os pais devem estar sempre atentos às mudanças de conduta dos seus filhos, como irritação, agressividade e constantes alterações de humor. Além disso, é necessário supervisionar o que eles fazem na internet, pois eles podem estar sofrendo cyberbullying ou participando de desafios e jogos online que colocam suas vidas em risco”, explica a pediatra.

Se o responsável perceber esses sinais na criança ou adolescente, a especialista destaca que o primeiro passo é buscar conversar e compreender, sem deixar de procurar ajuda profissional. “Para prevenir o suicídio, o melhor caminho é o diálogo. Contudo, o acompanhamento psicológico e médico é fundamental para o diagnóstico e tratamento adequados. Cerca de 80% dos casos de suicídio estão associados a problemas psiquiátricos, como depressão e transtorno bipolar. Situações que apresentam sinais de alerta para transtornos podem ser notadas na consulta pediátrica”, conclui a vice-presidente da SGP.


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