Com apoio da SBP, começa segunda fase da Campanha Onda Contra Câncer

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) deu início à segunda fase da Campanha Onda Contra o Câncer, criada pela entidade para conscientizar a população sobre a importância da vacinação contra o HPV como forma de prevenir o câncer de colo do útero. O esforço conta com o apoio da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), da Sociedade Brasileira de Oncologia …

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A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) deu início à segunda fase da Campanha Onda Contra o Câncer, criada pela entidade para conscientizar a população sobre a importância da vacinação contra o HPV como forma de prevenir o câncer de colo do útero. O esforço conta com o apoio da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). 

A exemplo da primeira etapa, realizada entre setembro e dezembro de 2015, a ação será realizada exclusivamente em plataformas online, com foco em blogs e nas redes sociais mais populares — Facebook, Twitter, Youtube, Instagram e Snapchat. A meta para 2016 é alcançar ao menos 10 milhões de interações, quatro milhões de visualizações e 2,9 milhões de visitas na página ondacontracancer.com.br. Em 2015, o percentual de menções positivas à vacina subiu de 17,5%, relativas ao período anterior à campanha, par a 34,5%, após a primeira etapa do esforço. Os dados são da agência McCann Health, parceira da SBIm no projeto.

Os resultados justificam a estratégia, adotada em função do alto engajamento dos jovens nesses canais.  De acordo com pesquisa mais recente divulgada pelo Comitê Gestor da Internet (CGI), no ano passado, 82% dos adolescentes brasileiros acessam a internet todos os dias. Desse total, 73% afirmam que a as redes sociais são a maior motivação para o uso.

“É fundamental falar a linguagem do nosso público. Nada melhor, então, do que passar a nossa mensagem da mesma forma com que eles interagem com os amigos e familiares”, pondera a presidente da SBIm, Isabella Balallai. “Não tenho dúvidas de que seremos exitosos”, completa, lembrando que a Sociedade contará com o apoio das atrizes mirins Klara Castanho e Maísa Souza, bem como dos apresentadores Mateus Ueda, Ana Júlia Souza e Vera Viel.

HPV – Extremamente comum, o papilomavírus humano (HPV) é responsável por 99.7% dos casos de câncer de colo do útero, de ânus (91%), de vagina (75%), de orofaringe (72%), de vulva (69%) e de pênis (63%). Estima-se que 46% das mulheres e 60% dos homens sejam infectados nos primeiros três anos de vida sexual.

Há mais de 200 genotipos de HPV catalogados, dos quais 13 são capazes de causar algum tipo de tumor maligno. As vacinas quádruplas, mais abrangente, disponíveis nas unidades básicas de saúde e na rede privada, previnem os tipos 16 e 18, relacionados a 70% dos episódios de câncer no colo do útero, e os tipos 6 e 11, causa de 90% das verrugas genitais. A vacina dupla, oferecida apenas nas clínicas particulares, evita os HPVs 6 e 11.

Na Austrália, onde a vacina contra o HPV passou a ser oferecida gratuitamente há uma década, verificou-se queda de 86% nos índices de infecção pelos tipos 6,11,16 e 18 entre mulheres de 18 a 24 anos; redução de 92,6% nos casos de verrugas genitais diagnosticadas entre mulheres com menos de 21 anos; redução dos casos de pré-câncer de colo do útero entre mulheres que tinham entre 11 e 27 anos quando receberam a vacina pela primeira vez, em 2007. 

Dentro deste grupo, a queda girou em torno de 57% entre as que tinham 15 a 18 anos, e por volta de 5% entre as de 23 a 27 anos. O achado reforça a importância da vacinação precoce.