A 27ª edição do Congresso Brasileiro de Perinatologia, organizado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e pela Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (Soperj), registrou participação expressiva e uma programação científica ampla e diversificada. Segundo a comissão organizadora, o encontro foi um sucesso em todos os aspectos, reunindo cerca de 1.400 congressistas em mais de 40 atividades científicas, incluindo mesas-redondas, colóquios, conferências e cursos, ao longo de quatro dias no Rio de Janeiro (RJ).
Para a presidente da Soperj, dra. Anna Tereza Miranda de Soares, a mobilização e o engajamento para a realização do evento foram determinantes. “O 27º Perinato mostrou sua força com a grande participação internacional e o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), o que reforçou sua relevância para a neonatologia brasileira e mundial. Além disso, o evento trouxe uma camada importante de inovação, incluindo a discussão de temas como inteligência artificial, que não são comumente abordados em congressos da área, e a questão da formação médica”, destacou.
Na mesma perspectiva, a presidente da Comissão Científica, dra. Lícia Maria Oliveira Moreira, ressaltou que o congresso cumpriu plenamente seus objetivos ao oferecer atualização científica, revisão de protocolos e intensa troca de experiências. “Avançamos em debates sobre políticas públicas, com destaque para o Método Canguru, o Qualineo e a formação em neonatologia. As discussões sobre assistência perinatal foram muito produtivas, reforçando a importância da presença do pediatra no pré-natal e do trabalho integrado com obstetras e equipes multidisciplinares. Também destacamos a necessidade de seguimento especializado para recém-nascidos de risco e de uma Atenção Básica bem estruturada para os bebês de baixo risco”, afirmou.
A secretária do Congresso, dra. Maria Elisabet Lopes Moreira, também enfatizou o valor da convivência entre diferentes gerações da neonatologia. “O Perinato marcou a integração entre gerações. Nos corredores, era visível a troca entre colegas e amigos, com muitos reencontros e abraços. Foi um momento valioso de atualização, partilha e fortalecimento da nossa área”, disse.
TRABALHOS CIENTÍFICOS – Um dos destaques do evento foi a entrega do Prêmio Nicola Albano, que homenageia profissionais que se destacam pela dedicação à qualidade da assistência neonatal, à pesquisa científica e à formação de novos líderes na área. Mais de 500 trabalhos foram submetidos à Comissão de Temas Livres, dos quais cinco foram premiados, um em cada categoria: Jovem Talento em Neonatologia; Pesquisa Aplicada e Inovação Clínica; Bioética, Autonomia Parental, Cuidados Clínicos Individualizados e Centrados na Família; Educação e Formação Profissional; e Redes Colaborativas e Políticas em Neonatologia.
A presidente da Comissão de Temas Livres, dra. Maria Albertina Santiago Rego, destacou a importância da produção científica apresentada. “Os trabalhos são um pilar fundamental do Congresso, porque revelam como o conhecimento produzido no País tem sido transformado em prática clínica no cuidado perinatal e neonatal. Eles expõem avanços, apontam desafios e estimulam a inovação em uma área que ainda carece de pesquisas robustas no Brasil”, afirmou.
Segundo ela, o volume e a diversidade dos estudos reforçam tendências importantes na assistência. “Analisamos 570 trabalhos, que mostraram um panorama claro das necessidades da assistência materno-fetal, como o enfrentamento da prematuridade, o fortalecimento da integração entre obstetrícia e pediatria e a valorização de programas de grande impacto populacional. Observamos ainda o crescimento de abordagens de medicina de precisão, especialmente para prematuros extremos, além de estudos sobre melhoria de processos e um número expressivo de relatos de casos bem estruturados, muitos relacionados a doenças genéticas. A participação de jovens pesquisadores foi marcante e reforça a força da neonatologia brasileira”, acrescentou.
PARTICIPAÇÃO – Outro importante momento que ocorreu no encerramento do Congresso foi a ação "Ondas de Esperança: A Prematuridade à Beira-Mar", a ação juntou exercícios funcionais e uma oportunidade de colocar a vacinação em dia. Mais de 30 pessoas participaram da atividade, que ocorreu na orla da praia da Barra da Tijuca, para falar sobre importância da prevenção da prematuridade e da qualidade no cuidado integral ao prematuro e suas famílias.
“Tudo foi um sucesso e mostrou como os congressistas ficaram até o último dia e participaram ativamente de todas as ações propostas no evento. A atividade funcional foi de extrema importância, pois buscou levar os pediatras a olharem para si mesmo e promover o autocuidado, além de trazer para o foco as questões relacionadas à prematuridade. Foi a união entre o cuidado com a saúde mental e o ensino para além da sala de aula”, concluiu a vice-presidente da SBP, dra. Lilian Sadeck.
A atividade foi promovida pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), em parceria com a Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (Soperj) e a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS-RJ) – Área 4.0.
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