Durante o 2º Congresso de Pediatria da Região Norte (2º PedNorte), realizado em Palmas (TO), a atenção à saúde dos povos originários ganhou protagonismo com a realização do 2º Fórum de Saúde da Criança e do Adolescente Indígenas. A atividade foi organizada pelo Grupo de Trabalho Povos Originários do Brasil, coordenado pelas dras. Anamaria Cavalcante e Silva (2ª vice-presidente da SBP) e Maria Angélica Barcellos Svaiter (diretora financeira da SBP).

O evento, ocorrido na última sexta-feira (6), reuniu profissionais da área da saúde para discutir desafios e estratégias voltadas à saúde indígena, tema que vem ganhando cada vez mais espaço na agenda da pediatria.

A abertura do fórum foi conduzida pela secretária-geral da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dra. Maria Tereza Fonseca da Costa, que ressaltou a importância do encontro diante do atual cenário sanitário do país. “Voltamos a realizar este evento devido a uma emergência sanitária na Terra Indígena Yanomami, ocorrida em 2022, que teve grande repercussão na imprensa nacional e internacional. Isso nos mostrou que não temos como deixar esse tema fora da agenda permanente da SBP”, afirmou.

A programação contou com palestras que abordaram aspectos fundamentais da saúde indígena. O dr. Daniel Borini Zemuner (Afya FCM Palmas) apresentou um panorama da situação epidemiológica dos povos originários no Tocantins, apontando as principais injúrias que afetam essa população. A dra. Rejane Pinheiro da Silva (Universidade Federal do Tocantins) trouxe reflexões sobre a cultura alimentar indígena, enquanto a dra. Fabíola Suano de Souza, presidente do Departamento Científico de Nutrologia da SBP, discutiu a importância da nutrição nos povos originários e o respeito às suas tradições alimentares.

As discussões foram moderadas pelas dras. Adelma Alves de Figueiredo (coordenadora Regional Norte da SBP), Maria Angélica Barcellos Svaiter e Maria Tereza Fonseca da Costa, que reforçaram o compromisso da entidade com a equidade na saúde infantil.

O 2º PedNorte foi promovido pela Sociedade Brasileira de Pediatria, com apoio nesta edição da Sociedade Tocantinense de Pediatria (STOP), e se consolidou como um espaço de reflexão e construção de políticas voltadas à infância e adolescência na Região Norte do Brasil.