A mesa-redonda coordenada pelo diretor científico da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Dirceu Solé, reuniu especialistas para discutir as inovações e os desafios nos cuidados orais de crianças e adolescentes. O evento contou com a participação das odontopediatras Dóris Rocha Ruiz, Lúcia Coutinho, Sonia Groisman e da diretora científica ajunta da SBP, Luciana Rodrigues Silva, que abordaram questões cruciais sobre a interrelação entre saúde oral e saúde geral, desde a fase neonatal até a adolescência.
Luciana Rodrigues Silva, que abriu a sessão de debates, trouxe luz às estratégias promotoras de estilo de vida saudável na infância e na adolescência. Já Dóris Rocha Ruiz destacou a importância dos cuidados orais já na fase neonatal. Com a frase “não há saúde sem saúde oral”, alertou que a negligência nos cuidados bucais das crianças tem sido recorrente, o que pode levar a problemas sérios, como a cárie dentária, que ela definiu como uma “catástrofe ecológica do microbioma oral”.
Ela enfatizou ainda a importância de educar as famílias desde o pré-natal e de promover o aleitamento materno, que desempenha um papel fundamental na saúde oral dos bebês. Ao finalizar, reforçou os três pilares essenciais para a manutenção da saúde bucal: alimentação saudável, higiene oral adequada e consultas regulares com o odontopediatra.
Na sequência, Lúcia Coutinho trouxe à discussão a inter-relação entre saúde mental e saúde bucal, destacando como transtornos, como autismo, depressão e distúrbios alimentares, podem impactar a saúde oral de crianças e adolescentes. Segundo relatou, infância e adolescência são fases marcadas por uma crescente exposição a dispositivos eletrônicos, o que tem contribuído para o aumento de problemas de saúde mental, com reflexos na saúde bucal, exacerbando condições como bruxismo e má higiene oral.
Encerrando as apresentações, Sonia Groisman focou nos desafios dos cuidados orais durante a adolescência. Ela chamou atenção para o impacto do consumo excessivo de açúcar, refrigerantes e bebidas energéticas, o que têm contribuído significativamente para o aumento da erosão dentária nessa faixa etária. Além disso, fatores hormonais e casos de gravidez na adolescência foram apontados como elementos que influenciam diretamente a saúde oral dos jovens. Por fim, a especialista alertou sobre a necessidade de uma abordagem integrada para tratar e prevenir esses problemas.
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