Para promover o aprimoramento da educação médica em África, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) colaborou com a Associação Moçambicana de Pediatria (Amope) num curso pioneiro sobre vacinas. Destinado a acadêmicos, residentes e profissionais da saúde, o curso ocorreu em Maputo, Moçambique, nos dias 23 e 24 de setembro, logo após o VI Congresso Moçambicano de Pediatria.
Segundo o presidente da SBP, dr. Clóvis Francisco Constantino, a ampliação da proximidade entre a pediatria do Brasil e Moçambique é mais um dos frutos obtidos em função do trabalho realizado pelo Grupo Pediatria Internacional dos Países de Língua Portuguesa.
“Esse intercâmbio de conhecimento é extremamente importante, uma vez que os dois países têm algumas semelhanças em termos de prevalência de doenças infectocontagiosas. O compartilhamento das melhores práticas em saúde pública é essencial para garantir qualidade de assistência a todas as crianças e adolescentes, em todos os lugares”, disse.
Conforme salientou a presidente da Amope, dra. Carla Judite Walea, a ideia da parceria surgiu durante o desenvolvimento da programação do congresso. “Devido à forte atuação do Brasil na área de imunizações, decidimos contatar a diretoria da SBP, que prontamente se dispôs a auxiliar. A propagação científica e a disponibilidade de recursos ainda são escassas em Moçambique. Junto com a SBP, a Amope escreveu um novo capítulo na história do nosso país no que concerne ao cuidado e à atenção da criança e do adolescente”, afirmou.
Segundo a pediatra, o resultado foi extremamente positivo e a participação dos especialistas brasileiros, na função de facilitadores, mostrou-se muito valiosa. “Acreditamos que essa edição possa ter sido a primeira de muitas outras. Com a ajuda da SBP, futuramente queremos ministrar aulas em algumas outras cidades de Moçambique. Estamos muito agradecidos pela colaboração”, concluiu a dra. Carla Walea.
AULAS - O presidente e a integrante do Departamento Científico (DC) de Imunizações da SBP, os drs. Renato Kfouri e Melissa Palmieri, respectivamente, ministraram aulas para uma plateia de aproximadamente 100 pessoas. As apresentações abordaram conceitos básicos de imunização, etapas de desenvolvimento das vacinas, calendários vacinais e mais tópicos.
“Recebemos, por exemplo, questionamentos constantes sobre os cuidados necessários para a administração de vacinas em crianças HIV positivo. Acredito que, em geral, todos recomendarão as imunizações de forma mais assertiva. O resultado não poderia ser melhor”, ressaltou o dr. Kfouri.
Conforme acrescentou a dra. Melissa Palmieri, a capacitação também contribuiu com informações sobre sistemas de saúde, doenças e estratégias de prevenção em um país que compartilha do nosso idioma. “O curso foi também uma oportunidade para nós, pediatras, que discutimos imunizações numa realidade distinta da habitual”.
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