A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgam documento escrito em conjunto denominado Atualização em Alergia Alimentar 2025. Entre os destaques estão a alergia alimentar na escola, a importância do acompanhamento psicológico de pacientes com alergia alimentar e abordagens mais ativas para garantir melhor qualidade de vida.
Nos últimos cinquenta anos, a prevalência da alergia alimentar (AA) vem crescendo de forma acelerada. A interação entre fatores ambientais e genéticos é mediada por mecanismos epigenéticos, e pode promover modificações químicas no DNA e nas proteínas associadas.
“Diversos fatores ambientais merecem atenção como fatores de risco, incluindo o tipo de parto, aleitamento materno, exposição a alérgenos alimentares, hábitos dietéticos, ingestão de vitamina D, poluição, higiene, contato com animais de estimação e uso de medicamentos (como antibióticos), compondo o chamado “expossoma” – a soma das influências ambientais e biológicas ao longo da vida”, explica a Dra. Fátima Rodrigues Fernandes, Presidente da ASBAI.
O presidente da SBP, dr. Clóvis Francisco Constantino, reforçou a importância de uma abordagem integral no cuidado às crianças afetadas por essa condição. Além do acompanhamento médico especializado, ele diz ser imprescindível integrar o apoio psicológico e a educação alimentar para a melhor adesão ao tratamento. "Juntos, pediatras, alergistas, psicólogos, nutricionistas e família podem otimizar o cuidado e garantir que as crianças e adolescentes com alergia alimentar levem uma vida saudável e equilibrada".
Os sintomas de alergia alimentar podem ser vários, tais como placas vermelhas pelo corpo que coçam pelo corpo, inchaços na boca, olhos ou outras partes do corpo, náuseas, vômitos. Os casos graves são acompanhados de falta de ar, tosse e o fechamento da glote e queda da pressão arterial – a chamada anafilaxia, que pode levar a óbito. Outras manifestações tardias também podem acontecer como diarreia, sangramentos nas fezes, vômitos incoercíveis e outros.
Qualquer alimento pode causar alergia alimentar, porém, os mais comuns são leite, ovo, soja, trigo, peixes, frutos do mar, amendoim e castanhas. No Brasil não há estatísticas oficiais, porém a prevalência parece se assemelhar com a literatura internacional, que mostra cerca de 8% das crianças, com até dois anos de idade, e 2% dos adultos com algum tipo de alergia alimentar.
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