É com profundo pesar que a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) comunica o falecimento do dr. Lauro Monteiro Filho, aos 88 anos de idade, ocorrido na quarta-feiera (22), no Rio de Janeiro (RJ). O especialista teve papel fundamental no combate ao bullying e à violência contra crianças e adolescentes, e participou da elaboração do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

O velório será nesta quinta-feira (23), das 13h10 às 15h, no Crematório São Francisco Xavier, Capela B (Rua Monsenhor Manuel Gomes, 155 – Caju/RJ). O pediatra deixa três filhos: Cláudia Montenegro, Silvia Monteiro e Ricardo Monteiro.

Dr. Lauro Monteiro Filho formou-se em Medicina, em 1960, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Trabalhou no Serviço de Pediatria do Hospital Souza Aguiar entre 1961 e 1994. Por anos, chefiou o departamento, tendo criado na unidade, no início dos anos 1980 o Programa de Hospitalização da Criança Acompanhada (Phoca).

Em 1988, fundou a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (Abrapia), cujo objetivo era receber denúncia de violência contra menores. Além disso, entre 1996 e 1998, exerceu mandato de deputado na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), onde presidiu a Comissão da Criança, da Mulher e do Idoso, com foco em projetos ligados à Saúde Pública, proteção social e os direitos da infância.

Na SBP, o pediatra participou dos Departamentos Científicos de Segurança da Criança e do Adolescente, de Medicina do Adolescente e de Cuidados Hospitalares.

“Lauro foi um incansável defensor dos direitos de crianças e adolescentes. Um nome para sempre ligado à formulação do ECA. Foi um pioneiro ao abrir as portas de um grande hospital do Rio de Janeiro para o atendimento de crianças e adolescentes em situação de rua, sempre restrito por grande discriminação, inclusive dos profissionais de saúde. Importante seu trabalho e o legado para nos indicar as diferentes formas de violências contra crianças e adolescentes, assim como o valor dos pediatras na prevenção, detecção e informação sobre casos de violência.”, diz a secretária-geral da SBP, dra. Maria Tereza Fonseca da Costa.

*Com informações do jornal O Globo