Neste 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulga uma nota de alerta sobre a urgência do combate à poluição plástica. A publicação reforça o tema da campanha global deste ano, que conclama indivíduos, organizações, indústrias e governos a adotarem práticas sustentáveis com foco na eliminação da poluição plástica em escala mundial.
Elaborado pelo Grupo de Trabalho sobre Saúde Única/Saúde Planetária da SBP, o documento ressalta que o Brasil ocupa a oitava posição entre os maiores poluidores plásticos do planeta e lidera esse ranking na América Latina. Embora os plásticos tragam benefícios práticos à sociedade, os atuais padrões de produção, uso e descarte desconsideram o design sustentável e a segurança dos compostos utilizados. Esses processos têm gerado impactos significativos na saúde humana, provocando danos ambientais extensos, elevados custos econômicos e agravando desigualdades sociais.
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Os plásticos podem ser classificados de acordo com seu tamanho: nanoplásticos (NP) – com menos de 1 mm; microplásticos (MiP) – entre 1 mm e 5 mm; mesoplásticos – entre 5 mm e 20 mm; macroplásticos – com mais de 20 mm; e megaplásticos – superiores a 100 mm. A poluição por essas partículas nos ecossistemas é generalizada, resultante das atividades humanas, o que torna inevitável a exposição humana. Essa exposição pode ocorrer por ingestão, inalação, contato dérmico ou via sistêmica.
Prejuízos à saúde – Os nanoplásticos e microplásticos (NP/MiP) têm despertado crescente preocupação devido ao seu potencial risco à saúde de crianças e adolescentes, especialmente durante fases críticas do desenvolvimento. A nota de alerta da SBP aborda os possíveis efeitos nocivos dessas partículas sobre os sistemas circulatório, reprodutor, respiratório, imunológico, nervoso e digestivo. O documento também detalha impactos já observados na glândula tireoide, no tecido esquelético e na pele.
“A exposição ambiental a bisfenol A e a ftalatos, classes de produtos químicos associados ao plástico, foi relacionada a flutuações nos níveis de hormônios tireoidianos, a distúrbios na regulação do hormônio estimulante da tireoide (TSH) e a prejuízos no desenvolvimento da glândula tireoide. (...) Os NP/MiP também podem causar obstrução da artéria e aderir às hemácias em uma alta proporção, provocando danos por estresses mecânicos, osmóticos e oxidativos. Pacientes com placa de NP/MiPs na artéria carótida apresentaram risco aumentado de uma combinação de: infarto do miocárdio e AVC”, exemplifica o documento.
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