Na última terça-feira (12), o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) o certificado de eliminação do sarampo, rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita (SRC). Durante a cerimônia, em Brasília (DF), o presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e presidente da Câmara Técnica do Brasil de Verificação da Eliminação do Sarampo, Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita, dr. Renato Kfouri, falou sobre como os esforços conjuntos das sociedades médicas e Ministério da Saúde propiciaram essa conquista.
“Os esforços que temos feito para aumento da cobertura vacinal em todo território nacional foi fundamental para conseguirmos essa recertificação. Por meio do microplanejamento, novas estratégias de comunicação, e parcerias com sociedades científicas e a sociedade civil organizada, o Brasil conseguiu reverter o movimento de queda na vacinação e sair da lista de 20 países com mais crianças não vacinadas. Agora, podemos dizer, com orgulho, que eliminamos o sarampo novamente. Se conseguirmos manter a população vacinada, nos manteremos livres do sarampo”, afirmou o especialista.
O País conseguiu a recertificação após não registrar casos de sarampo desde junho de 2022, no Amapá. Este ano, foram verificados quatro casos importados, mas medidas como a busca ativa e a vacinação de bloqueio ajudaram a evitar casos secundários. Para cumprir os critérios de recertificação, o Brasil precisou demonstrar que não houve transmissão do vírus do sarampo durante pelo menos um ano, além de ter fortalecido o seu programa de vacinação de rotina, a vigilância epidemiológica e a resposta rápida a casos importados.
“Como pediatra e participante ativo das ações em prol do aumento da cobertura vacinal, a minha felicidade é imensa em ver o nosso contínuo trabalho dando resultados, mas não podemos relaxar agora. Temos que continuar a comunicação com os pais e as famílias sobre a importância de manter a caderneta de vacinação das crianças e adolescentes atualizada, e a luta pelo acesso aos imunizantes em todas as cidades do País”, enfatizou o dr. Kfouri.
HISTÓRICO – Anteriormente, em 2016, o Brasil já havia sido classificado como zona livre do sarampo. No entanto, perdeu o certificado em 2019 após surtos da doença. Entre fevereiro de 2018 e fevereiro de 2019, o Brasil registrou 10.374 casos. O pico foi atingido em julho de 2018, com 3.950 casos.
*Com informações do G1 e da Sociedade Brasileira de Imunizações
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