Ao todo, nove médicos, 147 profissionais de saúde e 22 parteiras tradicionais de comunidades indígenas e quilombolas foram treinados pelo Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), por meio de sua filiada, a Sociedade Mineira de Pediatria (SMP), em parceria com a Associação Brasileira D'a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, nas cidades de Governador Valadares e Teófilo Otoni, em Minas Gerais.
A capacitação, que ocorreu na primeira semana de junho, ficou a cargo de um grupo de 12 instrutoras mineiras, duas baianas. Os profissionais que foram treinados vieram de mais de 20 municípios mineiros e as parteiras de dez aldeias (das etnias Maxakali, Krenak, Pataxó e Mokuriñ) das regiões do Vale do Mucuri, Vale de Rio Doce, Guanhães e Carmésia”, pontuou a coordenadora estadual do PRN-SBP, dra. Nivia Regina Moreira.
A ação tem o intuito de contribuir para a redução dos índices de mortalidade neonatal e infantil em Minas Gerais. Segundo ressaltou a instrutora do PRN-SBP, dra. Marcela Damásio, o Brasil ainda possui índices de mortalidade na infância acima daqueles definidos pela Agenda 2030 das Organizações das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.
“Em algumas regiões de Minas Gerais, os indicadores de mortalidade infantil e neonatal são particularmente preocupantes. Em Governador Valadares e Teófilo Otoni, estão muito acima da média estadual. Ou seja, precisamos investir para reduzir as mortes evitáveis e as desigualdades”, frisou.
MINUTO DE OURO - De acordo com a pediatra da SBP, por meio de aulas teóricas e práticas, bem como de exames para fixação e compreensão do conteúdo, os cursos de reanimação neonatal qualificam os profissionais de saúde para agir com rapidez e segurança durante emergências neonatais. Durante as aulas, os alunos utilizam manequins para aprimorar a execução das técnicas aprendidas.
“No momento do nascimento, uma das principais causas de mortalidade é justamente a asfixia perinatal. O bebê nasce e não consegue respirar espontaneamente. Nessas circunstâncias, é preciso que haja um profissional capacitado nas técnicas de reanimação neonatal para iniciar as manobras ainda no primeiro minuto de vida, que chamamos de Minuto de Ouro”, explicou a dra. Marcela Damásio.
Conforme avaliou a enfermeira Nágila Cota, para os profissionais que atuam diariamente na linha de frente, a oportunidade de participar do curso é enriquecedora. “Essa qualificação faz toda a diferença, pois nos dá a possibilidade de intervir de forma mais eficaz no atendimento das crianças”, completou.
PARCERIAS - A iniciativa em Minas Gerais também conta com o apoio da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), do Distrito Sanitário Especial Indígena de Minas Gerais e Espírito Santo (DSEI MG-ES), do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems-MG), do Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais e da Secretaria de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese-MG).
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