Recife se despede do 16º COBRAPEM após três dias de ciência, integração e grandes números

O 16º Congresso Brasileiro Pediátrico de Endocrinologia e Metabologia (COBRAPEM) encerrou suas atividades no último sábado (15), no Recife (PE), consolidando-se como uma das maiores edições já realizadas. Promovido pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o encontro reuniu 1.152 congressistas, 128 palestrantes nacionais, cinco internacionais e uma ampla programação científica composta por cinco mesas-redondas, três miniconferências, seis conferências, quatro apresentações de melhores artigos do ano e oito simpósios satélites.

“O 16º COBRAPEM foi um sucesso total. Ele juntou educação, cultura e saúde. Um encontro diferenciado, com participações intensas e temas que interessam tanto ao pediatra do consultório quanto ao endocrinologista pediátrico. Estou muito feliz de ter participado”, afirmou o presidente da SBP, dr. Edson Liberal.

Pouco mais de 280 expositores ocuparam a área do Recife Expo Center e 417 trabalhos científicos foram submetidos para avaliação. O congresso foi encerrado com a tradicional premiação dos melhores trabalhos apresentados. Os vencedores receberam prêmios entre 400 e 1.000 dólares.

Para a dra. Jacqueline Araújo, presidente do evento, o resultado final expressa bem a proposta desta edição. “O balanço é muito positivo. As pessoas elogiam não apenas a programação científica, mas a criatividade que tivemos ao trazer arte, humor, cinema, teatro, poesia, tudo integrado à ciência. Isso desperta mais interesse, aproxima o público e estimula o aprendizado”, destacou.

CONHEÇA OS PREMIADOS:

1º lugar - Alterações temporais da morfologia hipofisária em crianças e adolescentes após traumatismo cranioencefálico: análise longitudinal de 15 anos

Autores: Eliane Cêspedes Paes Huard e Luis Claudio Gonçalves de Castro

2º lugar - Deformidades da coluna vertebral em pacientes com variantes patogênicas em genes relacionados

Autores: Bárbara Ayumi Peixoto Aoto, Giulia Dias, Cláudio Santilli, Débora Bertola, Alexandre Jorge e Alexsandra Malaquias

3º lugar - Avanço idiopático da idade óssea além do gene ACAN

Autores: Ana Maria Santillán-Vasconez, Carolina de Oliveira Ramos, Laurana de Polli Cellin, Mariana Ferreira de Assis Funari, Elisangela Quedas, Antônio Marcondes Lerario, Renata da Cunha Scalco e Alexandre Augusto de Lima Jorge

SENSIBILIZAÇÃO – A manhã do sábado começou com esporte, integração e um alerta sobre diabetes tipo 1. Ainda antes do nascer do sol, por volta das 5h30, dezenas de participantes já se alongavam, tiravam fotos e reforçavam o café da manhã com frutas para os 5 km de corrida ou o passeio ciclístico que abriram a programação. O clima foi de integração e cuidado com a saúde, além de também servir de palco para um alerta importante.

A dra. Jacqueline Araújo destacou que, no Brasil, a maior parte das crianças e adolescentes com diabetes tipo 1 só recebe o diagnóstico quando já está em condição grave. “Os sintomas iniciais da diabetes tipo 1 são fazer muito xixi, beber água o tempo todo, comer muito e perder peso. Crianças que já não usavam fralda voltam a fazer xixi na cama, bebês ficam irritados com assaduras que não melhoram com pomadas comuns. Estamos realizando uma campanha grande para que o diagnóstico seja mais precoce”, explicou Araújo, que também preside o Departamento de Diabetes na Infância e Adolescência da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).