Representante da SBP coloca a primeira infância no centro dos debates do 10º Simpósio de Crianças e Adolescentes na Internet

Discutir os desafios relacionados ao acesso de crianças e adolescentes ao mundo digital foi o intuito central do 10º Simpósio de Crianças e Adolescentes na Internet, realizado em São Paulo (SP), pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e pelo NIC.br. O evento contou com a participação da coordenadora do Grupo de Trabalho de Saúde Digital da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dra. Evelyn Eisenstein. Na ocasião, a especialista integrou os debates do painel sobre “Primeira infância e os primeiros acessos online: desafios e riscos do acesso às TIC por crianças de 0 a 8 anos”. 

“Atualmente, os dados demonstram que cerca de 28% das crianças abaixo dos seis anos já estão conectadas à internet. É importante lembrar da recomendação da SBP de nunca expor crianças às telas antes dos dois anos de idade. Há efeitos negativos que podem se manifestar de inúmeras formas, como atrasos na linguagem, distúrbios do sono e de comportamento. Mesmo para os maiores, os pais devem supervisionar e estabelecer limites máximos, de uma a duas horas por dia. Crianças precisam ser estimuladas a brincar, fazer atividades físicas e desenvolver suas habilidades sociais”, destacou dra. Evelyn Eisenstein. 

Nesta edição, as discussões também colocaram em pauta os riscos das apostas online, o papel das escolas e da educação, as possibilidades regulatórias da recém-sancionada Lei nº 15.211/2025, entre outros tópicos. O encontro marcou ainda o lançamento da pesquisa “TIC Kids Online Brasil 2025" e da cartilha “Internet com Responsa – só para Adolescentes”, com conteúdo voltado à navegação segura e crítica na internet.

Aberto ao público e totalmente gratuito, o 10º Simpósio reuniu famílias, além de profissionais das áreas da saúde, educação e tecnologia. O evento, que aconteceu em formato presencial, nos dias 21 e 22 de outubro, também foi transmitido por meio do YouTube. Todas as palestras estão disponíveis ao público. Além do CGI.br, participaram da realização o Instituto Alana, o Centro de Ensino e Pesquisa em Inovação da FGV Direito SP (CEPI FGV) e a SaferNet Brasil.