SBP participa de lançamento do Guia Nacional de Triagem Auditiva Neonatal durante o 33º Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) marcou presença no painel "Aumentando a cobertura da TANU no Brasil: diretrizes e ações", realizado durante o 33º Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia, em São Paulo (SP). Representando a entidade, estiveram presentes a dra. Lilian Sadeck, 1ª vice-presidente da entidade, além dos drs. Renata d'Francesco e Manuel de Nobrega, presidente e secretária do Departamento Científico de Otorrinolaringologia da SBP, respectivamente.

Na ocasião, foi lançado o Guia para Realização da Triagem Auditiva Neonatal e Seguimento Assistencial, documento que renova parâmetros, orientações e processos de cuidado relacionados à saúde auditiva dos recém-nascidos no Brasil. Entre as principais inovações, constam novas diretrizes para maternidades, profissionais da atenção primária, serviços especializados e equipes multidisciplinares. As atualizações buscam padronizar indicadores, fortalecer o monitoramento regular das ações e impulsionar uma transformação importante na assistência clínica, mediante a atualização dos processos nos serviços de saúde.

CONFIRA AQUI O GUIA PARA REALIZAÇÃO DA TAN E SEGUIMENTO ASSISTENCIAL

Durante sua participação, a dra. Lilian Sadeck falou sobre a importância estratégica do pediatra na Atenção Primária à Saúde para o sucesso da triagem auditiva neonatal. "É fundamental fortalecermos o fluxograma de acompanhamento dos recém-nascidos com risco para deficiência auditiva. O pediatra na Atenção Primária tem papel central nesse processo", enfatizou a 1ª vice-presidente da SBP.

Nesse sentido, o painel evidenciou a necessidade de intensificar ações para aumentar a cobertura da triagem auditiva neonatal em todo território nacional. Segundo dados do Ministério da Saúde, a cobertura atual está em 46%, ainda distante da meta de 70% estabelecida pelo governo federal.

Dra. Lilian Sadeck apontou ainda que é essencial haver integração entre os três níveis de gestão (federal, estadual e municipal) para que seja possível ampliar o acesso ao exame. A neonatologista também destacou o papel fundamental das sociedades científicas nesse processo, especialmente na divulgação do conhecimento científico e na realização de capacitações para profissionais de saúde. "As sociedades científicas são parceiras estratégicas na disseminação das melhores práticas e na qualificação dos profissionais que atuam na saúde auditiva infantil", afirmou.

*Com informações do Ministério da Saúde