SBP promove live sobre direito da criança de não sentir dor

A live mais recente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) colocou em pauta o direito da criança de não sentir dor. O tema foi discutido pelos membros do Departamento Científico de Medicina da Dor e Cuidados Paliativos da entidade, que explicaram como a dor não tratada pode deixar sequelas, especialmente porque, entre outras coisas, aumenta o estresse e diminui a imunidade do corpo.

CLIQUE AQUI E ASSISTA AO WEBINAR NA ÍNTEGRA

A primeira aula foi conduzida pela dra. Silvia Maria de Macedo Barbosa, que abordou os “Mitos da dor na infância”. Ela discorreu sobre tópicos como: considerações éticas e legais; a dimensão política e social da dor; a estruturação do ser infantil; os mitos que acompanham a infância e seu sofrer; a segurança dos medicamentos analgésicos na infância; abordagens não farmacológicas; e mais.

“Antes de tratar, os profissionais devem pensar na prevenção e minimização da dor. Além disso, qualquer proposta terapêutica deve avaliar a relação benefício/malefício, tendo como perspectiva o bem-estar do paciente. Ponderação e comedimento tornam a prática médica mais segura”, enfatizou.

Na sequência, foi a vez do dr. Neulanio Francisco de Oliveira explicar sobre “Dor em neonatologia: o desafio de reconhecer e tratar a dor no início da vida”.  Em sua exposição, o neonatologista apresentou o caso clínico de um recém-nascido, discorrendo sobre o nascimento do bebê, a história materna, a evolução do caso, o manejo da sedoanalgesia e o desfecho.

Na ocasião, o especialista também abordou as escalas validadas para avaliação da dor. De acordo com o dr. Neulanio, o procedimento de avaliação deve ser realizado conforme preconiza a literatura médica. “No caso de recém-nascidos, que são indivíduos não verbais, as escalas devem ser de avaliação de padrões fisiológicos e de comportamento”, salientou o neonatologista.