O Seminário de Encerramento de Apoio à Implementação do Programa de Reanimação Neonatal de Angola marcou a finalização do projeto no país, em solenidade realizada no Hospital Cardeal, em Luanda, capital de Angola. O evento contou com a presença do presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dr. Edson Liberal; do presidente da Sociedade Angolana de Pediatria (SAP), dr. Francisco Domingos; da presidente da Sociedade Mineira de Pediatria (SMP), dra. Raquel Gomes; representantes do Ministério da Saúde de Angola; e o dr. Job Monteiro, coordenador do Programa de Formação em Saúde.
Mais de 100 pessoas participaram da atividade de encerramento, que apresentou os resultados alcançados e incluiu palestras sobre neonatologia, com foco no recém-nascido prematuro.
Durante seu discurso, o dr. Edson Liberal destacou o empenho das equipes envolvidas na execução do projeto. “É com esse espírito que hoje celebramos a presença de instrutores do PRN-SBP em Angola, coordenados pela dra. Marcela Damásio, que realizaram aqui um trabalho de excelência. Quero parabenizá-los pela dedicação, pela entrega e pela generosidade em compartilhar conhecimento”, afirmou o presidente da SBP.
Ele também ressaltou a importância da cooperação internacional na promoção da saúde infantil. “Acreditamos que cada vida salva é um motivo para renovar nossa esperança e nosso compromisso. E é nesse espírito que a Sociedade Brasileira de Pediatria reafirma aqui, diante de todos, sua disposição em seguir colaborando, estabelecendo novas parcerias e desenvolvendo iniciativas que fortaleçam a saúde infantil e adolescente na África”, completou.
Balanço positivo – Ao longo da execução do projeto, 525 profissionais foram treinados em Reanimação Neonatal e em Transporte do Recém-Nascido de Alto Risco, sendo que mais de 50 se tornaram instrutores.
Os treinamentos — realizados nas cidades de Benguela, Huambo e Luanda — foram conduzidos por instrutores voluntários brasileiros do Programa de Reanimação Neonatal da SBP (PRN-SBP), sob coordenação da dra. Marcela Damásio, integrante do Grupo Executivo do PRN-SBP, e da pediatra angolana dra. Margarida Correia.
“O Seminário foi, portanto, um momento emocionante de celebração não só dos números de capacitações alcançadas, mas de troca de experiências técnicas e científicas entre os dois países”, destacou a dra. Marcela Damásio.
Segundo ela, o sentimento da equipe é de gratidão e entusiasmo diante dos resultados. “É um verdadeiro encantamento pelo acolhimento e pelas inúmeras manifestações de agradecimento pelo apoio da SBP, que certamente produzirá frutos, pois ficou evidente o desejo da coordenação nacional e dos 51 instrutores formados em realmente tornar o Programa de Reanimação Neonatal de Angola numa realidade e levá-lo a todas as províncias do país”, afirmou.
Próximos passos – De acordo com a dra. Marcela Damásio, já estão delineadas as próximas ações do projeto, que incluem reuniões de investimentos, complementação do material didático (equipamentos e insumos), elaboração do Manual do Instrutor adaptado ao contexto local e organização de uma primeira rodada de cursos.
Esses cursos serão ministrados sob supervisão de instrutores brasileiros e com participação dos coordenadores nacionais e regionais no X Simpósio de Reanimação Neonatal da SBP, previsto para maio de 2026, em Foz do Iguaçu (PR), ocasião em que serão atualizadas diretrizes e fortalecidos os laços de cooperação.
“Espera-se que a sistematização da assistência neonatal proporcionada pela capacitação qualificada a assistência aos recém-nascidos nos diversos serviços que tiveram profissionais capacitados. A participação dos gestores também cria a expectativa de avanços num momento em que o país está investindo na área social, saúde inclusiva. digno”, explicou a dra. Marcela.
Cooperação internacional e financiamento – A ação “Apoio à Implementação do Programa Angolano de Reanimação Neonatal”, realizada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) em parceria com a Sociedade Angolana de Pediatria (SAP), foi realizada no âmbito do grande projeto do governo de Angola intitulado “Programa de Formação em Saúde Brasil-Angola”.
Este programa foi desenvolvido pelo Ministério da Saúde de Angola em parceria com os Ministérios da Saúde e das Relações Exteriores do Brasil, e tem como meta a capacitação de 38 mil profissionais de saúde angolanos. O financiamento é integralmente bancado pelo Ministério da Saúde de Angola por meio de empréstimos do Banco Mundial.
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