Para comemorar o Dia das Crianças, celebrado no dia 12 de outubro, o presidente do Departamento Científico de Endocrinologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dr. Crésio de Aragão Dantas Alves, divulga um artigo sobre os direitos das crianças a fim de lembrar essa data tão importante para os pediatras.

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No texto, dr. Crésio faz um histórico sobre a escolha da data, que ocorreu durante o 1º Congresso Brasileiro de Proteção à Infância, realizado em 1923, no Rio de Janeiro (RJ). “O Projeto de Lei foi feito pelo então deputado federal e médico carioca, Galdino do Valle Filho. A homologação foi oficializada pelo Decreto Federal no. 4.867, de 5 de novembro de 1924, assinado por Arthur da Silva Bernardes, o 12º presidente do Brasil”, lembra o autor.

Dr. Crésio diz que para muitas pessoas o Dia da Criança é uma criação do comércio para lucrar com a venda de brinquedos, roupas, aparelhos eletrônicos e outras regalias que pais, familiares e amigos compram para dar de presente às crianças. “Essa crença teve origem no início dos anos 1960, quando uma fábrica de brinquedos e uma outra empresa se uniram numa campanha de marketing para promover a venda de seus produtos. A estratégia deu certo e, desde então, o comércio usa esse dia, que ficou esquecido e sem apelo popular entre 1924-1960, para aumentar a venda de presentes para as crianças”, explica.

Para o autor, o importante é lembrar o real objetivo dessa data: incentivar e promover a reflexão sobre as condições de vida de nossas crianças e assegurar que elas tenham qualidade de vida para crescerem e desenvolverem com saúde e paz. “Embora seja intuitivo e natural pensar que todas as crianças têm direitos básicos, como, por exemplo, a alimentação, saúde, educação, liberdade, lazer, habitação e cuidado familiar; esse direito só foi oficialmente reconhecido pela primeira vez, pela Liga das Nações, em 1925, que estabeleceu a 1ª Declaração dos Direitos da Criança, expressa em quatro itens”, comenta.