A importância de vacinar as crianças e os adolescentes contra a covid-19 e a segurança dos imunizantes foram alguns dos tópicos debatidos em live especial para os associados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). O tema foi escolhido a partir de um pedido dos presidentes das filiadas da SBP que destacaram a necessidade de atualizar os pediatras para uma melhor orientação das famílias. A transmissão já está disponível para acesso exclusivo em sbp.com.br/especiais/lives.

“Nosso grande desafio atualmente é proteger as crianças pequenas, pois essa faixa não está sendo vacinada e isso faz com que ela esteja em risco. Além disso, como as crianças não estão imunizadas, elas são alvo da criação de variantes. Com essa live, esperamos que os pediatras de todo o Brasil esclareçam suas dúvidas e aproveitem com o máximo de atenção essa última transmissão de 2022”, destacou o presidente da SBP, dr. Clóvis Francisco Constantino, durante a abertura do evento.

Para apresentar as evidências científicas mais recentes, o presidente do Departamento Científico de Imunizações da SBP, dr. Renato Kfouri, iniciou a apresentação com as lições que estão sendo aprendidas durante a pandemia. Entre elas, o especialista pontuou que nem toda infecção pelo Sars-Cov-2 se traduz em doença clínica covid-19. “Essa questão é fundamental para entendermos a efetividade das vacinas, já que muitas vezes elas previnem a doença, mas não são capazes de prevenir a aquisição e transmissão do vírus. Isso acontece também com a vacina de gripe, coqueluche e rotavírus, por exemplo”, destacou.

Outra lição ressaltada pelo dr. Renato foi a impossibilidade da imunidade de rebanho, já que é um vírus zoonótico, ou seja, que atinge animais de diversas espécies; possibilita o surgimento de variantes; pode causar reinfecções; e confere imunidade de curta duração. Ele informou ainda que não há definição, até o momento, de correlatos de proteção contra a covid-19, e que as variantes do vírus são imprevisíveis. 

Ao longo do evento, ele explicou ainda as diferenças das variantes, o cenário de desenvolvimento das vacinas, os fatores de risco em pediatria, segurança dos imunizantes; a vacinação de gestantes, entre outros aspectos. “Atendemos crianças e adolescentes e muitas vezes somos nós, pediatras, os maiores responsáveis por levar informações de qualidade para a saúde de toda a família. É importante que estejamos seguros e confiantes para orientá-los. As vacinas continuam sendo a melhor forma de prevenção dos casos graves de covid-19 em todas as faixas etárias”, afirma.