Babá, creche ou escolinha? Dilema é novo tema do podcast da revista Residência Pediátrica

O assunto do programa desta quinta-feira (27) do podcast da revista Residência Pediátrica é “Babá, creche ou escolinha? O que escolher?”. Esse tema, que muitas vezes se torna um dilema sério na vida de muitas famílias, será apresentado pelo dr. Joel Bressa da Cunha, presidente do Departamento Científico de Saúde Escolar da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

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Esta é uma pergunta frequentemente dirigida aos pediatras. No entanto, vale ressaltar que a escolinha é o termo popular para creche, sendo este o primeiro segmento da educação infantil, que foi definido pela Lei de Diretrizes e Bases desde 1995. Durante o programa, o dr. Bressa explica quais são as ações promovidas pelas babás e quais as atividades feitas nas creches, assim como as vantagens e desvantagens em ambos as opções. “A babá trabalha cuidando de crianças em seus aspectos de higiene, alimentação e brinca com elas, estimulando, dessa forma, seu desenvolvimento.

No entanto, há as limitações de ser no ambiente da casa, sem contato com colegas da mesma idade e com repertório reduzido de atividades. Mas, ao mesmo tempo, não há deslocamento da criança e o atendimento é individualizo”, explica.

O médico enfatiza, ainda, que é extremamente importante haver um parente ou outro adulto responsável observando a babá por pelo menos dois meses, caso a intenção seja deixar a criança sozinha junto com a profissional. Além disso, é recomendado que os responsáveis avaliem o histórico de empregos e referências de trabalhos anteriores das candidatas ao posto de babá.

SEGURANÇA E DOENÇAS – Já em relação às creches, o especialista ressalta que o ambiente tem como objetivo promover o desenvolvimento integral da criança, nos seus aspectos físicos, sociais, psicológicos e intelectuais.  Segundo ele, trata-se de um espaço de educação que complementa as ações da família e da sociedade.

“Oferece atividades peculiares, diferenciadas, valorizando as brincadeiras, as interações entre crianças e adultos em ambientes estimulantes. Contudo, há inconveniente do deslocamento diário, além de uma frequência maior de adoecimento, antecipando muitas infecções, especialmente por vírus que são transmitidas por contato interpessoal, por exemplo”, diz.

Apesar disso, o especialista afirma que a interação das crianças com adultos nessa modalidade é considerada mais segura, já que o trabalho é feito em equipe e todos estão sendo observados e acompanhados. “Todas essas considerações que fizemos sobre cuidados e a educação das crianças pequenas só têm valor se acontecerem em contexto de qualidade na prestação desses cuidados e serviços. O pediatra precisa estar atento na garantia dessa qualidade para o pleno desenvolvimento infantil. Nós sabemos da grande complexidade que esse processo envolve, sendo assim, é um desafio para as famílias, para os pediatras e para a sociedade em geral”, conclui.

PRÓXIMOS TEMAS – Para as próximas edições, o cronograma de podcasts da revista RP traz as seguintes participações e temas: a dra. Ana Lúcia Ferreira, do DC de Segurança da SBP, discorrendo sobre a prevenção da violência contra crianças; a dra. Márcia Galdino, membro da SBP, falando sobre a sífilis; e o dr. Abelardo Bastos, do DC de Saúde Escolar, com a temática bullying.

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