Quais as consequências do consumo de bebidas energéticas e esportivas para a saúde de crianças e adolescentes? Qual o papel do pediatra diante do consumo expressivo dessas bebidas por esse público? Estas são algumas das questões que o Departamento Científico de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) buscou responder em novo documento científico. O tema, a propósito, está em discussão na Câmara dos Deputados, onde tramita um projeto de lei que pretende proibir a venda, a oferta e o consumo de bebidas energéticas a menores de 18 anos (PL 455/15).
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As bebidas energéticas e as esportivas ou isotônicas são produtos com diferentes funções e composição. No entanto, se por um lado as bebidas esportivas são saborizadas, geralmente contendo carboidratos, minerais, eletrólitos, as bebidas energéticas, além de carboidratos em quantidades variáveis, possuem estimulantes, tais como cafeína e guaraná, podendo conter ainda ginseng taurina, carnitina, creatina, glucoronolactona, proteínas, vitaminas, sódio e outros minerais.
Em adultos o consumo da cafeína está associado ao aumento do desempenho físico, resistência aeróbica e força. Entretanto, esses efeitos são variáveis e não foram realizados estudos em crianças e adolescentes, alertam os pediatras. Entre os efeitos da cafeína no organismo, por exemplo, estão a taquicardia, aumento da pressão arterial, da diurese e da temperatura corporal, dor abdominal, insônia, alteração do humor e atenção, ansiedade e o risco de dependência física.
PERIGO – Segundo recente pesquisa americana, 34% de adultos jovens entre 18 e 24 anos e 31% dos adolescentes com idade entre 12 e 17 anos consomem bebidas energéticas que têm a cafeína como principal componente. Especialistas demonstram preocupação devido “à crescente ingestão de bebidas alcoólicas, principalmente destiladas, com bebidas energéticas por adolescentes, utilizadas para potencializar os efeitos do álcool, devido possivelmente a uma redução dos efeitos depressores do álcool pela ação estimulante da cafeína no córtex cerebral”.
Diante disso, entre as recomendações da Academia Americana de Pediatria, estão a que os pediatras devem orientar a criança, o adolescente e os responsáveis quanto à diferença entre bebidas energéticas e bebidas esportivas, explicando que os energéticos, pelo seu conteúdo estimulante, não são apropriados para os jovens, entre outros aspectos.
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