A campanha da Sociedade Catarinense de Pediatria (SCP) chamada “Pelo nascimento seguro” tem alcançado grande destaque junto à imprensa e aos formadores de opinião. O último veículo de comunicação a dedicar espaço importante à iniciativa foi o Diário Catarinense – jornal de maior circulação no estado –, em sua edição de terça-feira (20). A abordagem apresentou o objetivo da iniciativa – conscientizar as mulheres e a população sobre os cuidados necessários no momento do nascimento – e estimulou um debate sobre o tema, com a participação de representantes de diferentes segmentos.

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No ano passado, no Estado, foram realizados 297 partos domiciliares diante de 95.592 feitos em hospitais, o que equivale a 0,3%. No entanto, dados do Ministério da Saúde que este total representou aumento de 33,18%, entre 2014 e 2016, no número de partos feitos em casa em Santa Catarina.  Essa situação gera preocupação entre as entidades médicas, como mostrou o jornal.

Para o presidente da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Santa Catarina (SOGISC), dr. Ricardo Maia Samways, nem a entidade que dirige e nem a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) recomendam o parto domiciliar pelos riscos envolvidos. Esse é o entendimento da Sociedade Catarinense de Pediatria que apresentou sua iniciativa, recentemente, à diretoria da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e aos presidentes das demais filiadas no País. 

De acordo com a presidente da SBP, dra Luciana Rodrigues Silva, a

intenção é abraçar a ideia e divulga-la nacionalmente. “Trata-se de uma

de nossas maiores preocupações: assegurar boa assistência e as melhores

condições para o bebê desde os primeiros minutos de vida”, afirmou. A

campanha da SCP, lançada em maio, tem ainda como preocupação alertar

para a importância do recém-nascido contar com um local seguro para o

nascimento, com materiais e equipamentos adequados, equipe experiente e

capacitada para resolução de situações emergências de forma imediata.

Por isso, reforça que é possível a realização do parto humanizado em uma

estrutura de hospital.