Os Departamentos Científicos (DCs) de Cardiologia e Neonatologia da SBP redigiram um consenso técnico para a realização da oximetria de pulso, também conhecida como Teste do Coraçãozinho. Trata-se de um exame simples, indolor, rápido, que deve fazer parte da triagem de rotina de todos os recém-nascidos, pois é importante para o diagnóstico precoce de cardiopatia congênita crítica. “Atualmente é feito em alguns serviços, mas não ainda em todos”, informa o dr. Renato Procianoy, presidente do Departamentos de Neonatologia.
“Várias doenças podem passar despercebidas no exame da maternidade, só serão detectadas se ocorrer uma busca maior. Muitas vezes a criança nasce aparentemente com normalidade, mas no final da primeira semana ou do primeiro mês de vida, desenvolve um quadro de choque e/ou de hipóxia (falta de oxigênio) e não há tempo hábil para o atendimento. Auscultar o bebê pode não ser o bastante. Sabemos que de 30 a 40 % dos que têm problemas cardíacos graves recebem alta das maternidades sem o diagnóstico. Temos que descobri-los no berçário e o primeiro passo é, sem dúvida, a oximetria”, assinala o dr. Jorge Afiune, presidente do Departamento de Cardiologia. O especialista acrescenta que oito entre mil nascidos têm problemas cardíacos congênitos e desses, dois são casos graves que precisam ser reconhecidos o mais rapidamente possível.
Dr. Jorge ressalta também que a oximetria não substitui outros exames, como o Ecocardiograma fetal, com 20 semanas, com atenção para problemas cardíacos. O Teste do Coraçãozinho é realizado com um aparelho, o oxímetro, para medir a oxigenação do sangue na mão e no pé do bebê. “Todos os pediatras estão aptos a realizá-lo. Integrando a triagem neonatal de todos os serviços, certamente trará um impacto muito positivo”, assinala o dr. Procianoy.
O texto “Diagnóstico precoce de cardiopatia congênita crítica: oximetria de pulso como ferramenta de triagem neonatal” está disponível nos espaços de ambos os DCs no portal da Sociedade e também aqui. Leia a íntegra!
O Teste do Coraçãozinho já é obrigatório em alguns estados, sendo Mato Grosso do Sul o pioneiro, mas não há ainda uma legislação federal. Na Câmara dos Deputados tramita o projeto de lei (PL) 484/2011, de autoria do senador Eduardo Azeredo, que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente, incluindo vários testes de triagem neonatal, dentre os quais o da oximetria de pulso. Está na Comissão de Seguridade Social e Família, onde aguarda parecer da deputada Teresa Surita.
Exemplo de um oxímetro de pulso utilizado para aferição da saturação periférica de oxigênio | Sensor do oxímetro sendo colocado na mão direita do recém-nascido | |
Oximetria de pulso aferida na mão direita mostrando uma saturação periférica de 96% | Oximetria de pulso aferida no pé direito mostrando uma saturação periférica de 96% |
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