A Associação Médica Brasileira (AMB) lançou, no segundo semestre deste ano, uma pesquisa que pretende conhecer o perfil e coletar dados aprofundados da classe médica do Brasil, realizada com consultoria da Ernst & Young. “O escopo é mostrarmos verdadeiramente o que contribui para fixar o médico em determinados locais e sabermos onde tem um determinado número de especialistas distribuídos numa porcentagem em cada Estado”, explicou Florentino Cardoso, presidente da AMB.
O Censo Médico pretende estimar o percentual da força de trabalho aplicada aos diferentes campos de atividade, que envolvam ou não a medicina, como assistência, pesquisa, ensino, gestão, bem como o número real de profissionais com título de especialista e também os que teriam interesse em obtê-lo.
Diferente dos dados coletados na Demografia Médica, do Conselho Federal de Medicina (CFM), o Censo Médico da AMB pretende atualizar as informações da categoria voltadas na territorialização e na quantidade de horas de atividade dos profissionais.
Com cerca de 50 questões e 15 minutos de duração, o questionário é aplicado de maneira individual e confidencial por meio da internet (www.amb.org.br/censomedico2013), com base em bancos de dados de entidades federadas e associadas, para profissionais de todo o Brasil, tomando como estimativa atual o número de 400 mil médicos existentes no País.
Após o término da pesquisa, ainda sem data prevista para ser encerrada, o resultado será enviado para todos os profissionais cadastrados, por meio de um relatório completo sobre a carreira e uma análise de cada área.
De acordo com Florentino Cardoso, a pesquisa deve trazer respostas que esclareçam de fato as informações “enviesadas” fornecidas pelo Ministério da Saúde, como no exemplo da proporção médico/habitante, que no Brasil é de 1,9 para cada mil pessoas. “O governo não diz que a cidade do Rio de Janeiro, Vitória, São Paulo, Brasília, e tantas outras, têm mais de 4 médicos por mil habitantes. Como é a saúde pública nesses lugares? Enviesam esses números para que a população ache que quanto mais profissionais no país, melhor ela será assistida, o que não é verdade”.
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