Com participação da SBP, Ministério da Saúde realiza evento alusivo ao Dia Mundial das Anomalias Congênitas

Em 2020 e 2021, respectivamente, 0,87% e 0,81% dos nascidos vivos no Brasil foram registrados com anomalias congênitas. O dado foi apontado pelo Ministério da Saúde em seu  workshop aberto ao público na última semana. Com a participação de pesquisadores que atuam com a temática no Brasil, a iniciativa foi realizada em conscientização ao Dia Mundial das Anomalias Congênitas, celebrado em 3 de março, para fortalecer a notificação no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) e a vigilância das anomalias congênitas no País. Ciente da importância do tema, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) marcou presença na programação do evento virtual.

A transmissão - realizada pela Secretaria de Vigilância em Saúde, por meio da Coordenação-Geral de Informação e Análises Epidemiológicas, que integra o Departamento de Análise de Saúde e Doenças Não Transmissíveis - buscou alertar sobre a importância da notificação e a vigilância para conduzir as ações de assistência à saúde. Para isso, promoveu oficinas com foco no diagnóstico de anomalias congênitas no pré-natal e no nascimento; e abordou os panoramas da vigilância de anomalias congênitas no Brasil e na América Latina.

Representando a SBP, a presidente do Departamento Científico de Neurologia da entidade, dra. Magda Lahorgue Nunes, conduziu palestras sobre os tópicos “Diagnóstico dos defeitos de tubo neural” e “Microcefalia ao nascimento”. A especialista destaca que a participação da SBP foi de muita relevância para o evento, pois chamou a atenção dos pediatras para as medidas preventivas e ao diagnóstico precoce para  melhoria da qualidade de vida dos indivíduos afetados.

“É uma ação muito interessante para conscientizar, sobretudo, os pediatras e ginecologistas sobre a alta incidência de malformações congênitas no nosso país. Muitas delas poderiam ser evitadas, principalmente com um bom cuidado perinatal. Alguns casos são de origem genética , mas outros estão relacionados a alguma toxicidade ou efeito teratogênico durante a gestação e podem ser preveníveis”, avalia dra. Magda.

Na oportunidade, ocorreu o lançamento do  “Guia prático para o diagnóstico de anomalias congênitas ao nascimento”, elaborado pelo Ministério da Saúde em parceria com especialistas. A publicação visa  auxiliar os profissionais de saúde envolvidos no diagnóstico de anomalias congênitas no nascido vivo, a fim de qualificar e promover o registro na Declaração de Nascido Vivo (DNV) e no Sinasc. 

*Com informações do site do Ministério da Saúde