A vacinação da gestante como estratégia de prevenção de doenças na infância foi o tema central da conferência proferida pelo presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dr. Renato Kfouri, durante o 15º Simpósio Brasileiro de Vacinas, realizado em Aracajú (SE). Na ocasião, o especialista enfatizou a transferência de anticorpos da gestante como ferramenta de proteção para a criança recém-nascida.
"A literatura científica já apresenta evidências consistentes a respeito desse método no combate do tétano e gripe em neonatos. Abordagens para a coqueluche vêm sendo estudadas mais recentemente e há ainda outras perspectivas se delineando em curto e longo prazo", observou.
Segundo o especialista, o tema deve ser amplamente examinado, pois ainda existem barreiras que dificultam a vacinação desse público, inclusive entre os próprios obstetras. Na maioria das vezes, o impedimento está condicionado ao medo de desfechos desfavoráveis na gestação, como abortamentos, sangramentos, malformações e partos prematuros.
CALENDÁRIO - Informações completas e seguras sobre o tema podem ser obtidas no Calendário de Vacinação da Gestante, elaborado pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). O conteúdo da publicação visa demonstrar aos profissionais de saúde as recomendações mais atuais, tendo em vista as evidências de benefícios em comparação aos riscos associados.
De acordo com o dr. Renato Kfouri, as vacinas contraindicadas são basicamente aquelas que têm vírus ou componentes vivos, entre elas Caxumba, Sarampo, Rubéola, Varicela, Dengue e HPV. Entre as imunizações liberadas, constam: Tríplice Bacteriana Acelular do Tipo Adulto (difteria, tétano e coqueluche); Dupla adulto (difteria e tétano); Hepatite B; e Influenza.
Já a lista daquelas recomendadas apenas em casos especiais, apresenta: Hepatite A; Hepatite A e B; Pneumocócicas; Meningocócicas conjugadas ACWY/C; Meningocócica B; e Febre amarela. "O Programa Nacional de Imunizações indica também a vacinação da gestante já a partir da 20ª semana de gravidez. Quanto mais cedo ocorre essa imunização da mãe, mais tempo há para a transferência de anticorpos por meio da placenta. Além disso, a vacinação deve ser feita toda vez que a mulher engravidar, para que cada bebê seja beneficiado individualmente", acrescentou.
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