A visão de especialistas no manejo da dermatite atópica (DA) na infância foi tema de mais uma edição da live da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). A atividade contou com a participação do dermatologista convidado dr. Mario Cézar Pires, do Complexo Hospitalar Padre Bento (SP). O debate teve a coordenação da dra. Vania de Oliveira Carvalho, membro do Departamento Científico de Dermatologia da SBP, e trouxe esclarecimentos e atualizações sobre essa manifestação cutânea caracterizada pelo prurido, vermelhidão, ressecamento e erupções na pele.
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Conforme explicou a dra. Vânia, a dermatite atópica é uma doença inflamatória crônica, que necessita de acompanhamento contínuo. Possui várias causas, como fatores genéticos, imunológicos, alterações na barreira cutânea e microbioma.
HIDRATAÇÃO – Seja qual for o grau da DA (leve, moderada ou grave), é importante manter os cuidados com o banho e a hidratação para promover a restauração da barreira cutânea. Para recuperá-la, também é preciso evitar alguns fatores desencadeantes como poeira doméstica; poluição ambiental; fumaça de cigarro; roupas sintéticas; produtos de higiene pessoal, detergentes de roupa e mudanças climáticas.
A especialista ressaltou que os principais cuidados com a pele do recém-nascido com sintomas da DA envolvem banhos mornos de 10 a 15 minutos, uso de sabonetes com o ph fisiológico da pele, além de hidratantes com a pele ainda úmida. “Os sabonetes são importantes porque removem a sujeira e preservam a função da barreira cutânea. O ideal é a utilização de sabonetes hidratantes ou syndet, que são os sintéticos e menos irritativos”, disse dra. Vania.
Com relação aos hidratantes, eles são fundamentais, pois formam uma camada de lipídios que melhora o aspecto da pele e reduz o prurido, além de ajudar a manter a homeostase do estrato córneo e diminuir a perda transepidérmica de água. No entanto, a médica chamou a atenção para os produtos que não são destinados às crianças ou que possuem conservantes, corantes e propilenoglicol.
TERAPÊUTICAS – A discussão também abordou as estratégias para lidar com o manejo da doença a partir de métodos reconhecidos pela comunidade científica. “Na fase aguda e nas crises, devemos pesquisar evidências de infecção bacteriana, viral ou fúngica e tratar a infecção, se necessário. Pode ser necessário a utilização de corticoides tópicos de baixa ou média potência, anti-histamínicos clássicos e em casos extensos, corticoides sistêmicos por curtos períodos”, assinalou o dr. Mário Cezar.
Apesar de ser uma doença heterogênea e que necessita de abordagem ampla, os avanços no conhecimento da imunopatogênese da DA vêm permitindo o surgimento de novas terapêuticas. “Está cada vez mais complexa a fisiopatologia da doença, mas por outro lado, nossos estudos têm levado a mais possibilidades de intervenção”
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