O Departamento Científico de Dermatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) publicou na última sexta-feira (5) o Guia Prático de Atualização “Repelentes e outras medidas protetoras contra insetos na infância”. O repelente é definido uma substância química ou orgânica que transforma em atmosfera nociva para os insetos os quatro centímetros ao redor da pele humana, evitando picadas.
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Segundo explica o documento, há também o inseticida, que é uma substância química ou orgânica, derivada de plantas, capaz de matar insetos, geralmente agindo como neurotoxina. Nesse sentido, alguns repelentes de insetos são também inseticidas, principalmente a permetrina e outros piretroides sintéticos.
“As características ideais de um repelente são: repelir muitas espécies simultaneamente, ser eficaz por pelo menos oito horas, ser atóxico, ter pouco cheiro, ser resistente à abrasão e à água, cosmeticamente agradável e economicamente viável. Infelizmente, nem sempre estes requisitos podem ser cumpridos. A ação do repelente é embasada pela pressão de vapor, ou seja, pela volatilidade da substância.”, diz o texto.
De acordo a Environmental Protection Agency (EPA), são cinco principais ingredientes ativos de repelentes, recomendados para uso em crianças em virtude de sua eficácia e tolerabilidade: N-dietilo-3,metilo benzamida (DEET); Icaridina (chamada também de picaridina ou KBR3023); Ethylbutylacetylaminopropionate (EBAAP ou IR3535).
Já os seguintes princípios ativos não devem ser utilizados nas crianças menores de três anos: Óleo de Lemon Eucalipto (OLE) (denominação química: p-Menthane-3,8-diol); Para-mentano-diol (PMD) (denominação química: p-Menthane-3,8-diol), que é a versão sintética dos óleos de limão e eucalipto; e 2 Undecanone- nome químico methyl nonyl ketone 2-undecanone – uma versão sintética de uma molécula extraída do óleo da arruda ou do tomate selvagem.
RECOMENDAÇÕES – Conforme ressalta o texto, a forma mais recomendada de repelir insetos é usando uma combinação de repelente tópico com um repelente para uso em tecidos como os derivados de permetrina e piretroides, pois proporcionam proteção contra mosquitos e carrapatos. No decorrer do documento, são descritos o uso de cada um desses princípios, sua eficácia e duração.
O uso de repelentes tópicos em lactentes acima de seis meses é restrito a uma aplicação ao dia. Já naqueles com mais de dois meses é aceitável o uso apenas em situações de exposição intensa e inevitável a insetos, no entanto, deve-se sempre pesar os riscos e benefícios porque, apesar de ser liberado pelas agências de regulação, há escassez de artigos científicos que avaliem a segurança de repelentes nesta faixa etária. Já entre 1 e 12 anos podem ser utilizadas duas aplicações ao dia e, a partir de 12 anos, podem ser realizadas duas a três aplicações ao dia.
Além disso, o documento traz algumas recomendações quanto ao uso seguro dos produtos. Entre elas, estão aplicar na pele exposta; ler sempre a bula e seguir as recomendações do repelente quanto à idade; aplicar nas mãos do adulto e depois na pele da criança; lavar as mãos após a aplicação; remover no banho depois da exposição; não aplicar na pele com lesões e ferimentos e nem nos olhos e na boca; entre outras.
O texto cita ainda medidas de proteção que devem ser associadas ao uso dos repelentes, buscando implementar medidas de barreira física aos insetos, tais como: utilizar roupas com mangas longas e meias; usar roupas impregnadas com permetrina, ou aplicar permetrina nas roupas; bebês menores de dois meses devem utilizar apenas barreiras físicas como roupas e carrinhos com mosquiteiros com elásticos.
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