O Instagram passou a ocultar o número de curtidas das fotos no Brasil. Para repercutir o impacto dessa mudança e do uso das redes socias em geral na saúde mental e bem-estar de crianças e adolescentes, a presidente do Departamento Científico de Desenvolvimento e Comportamento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dra. Liubiana Arantes de Araújo, elaborou um vídeo com orientações sobre o tema.
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De acordo com a especialista, o novo método do Instagram – de suprimir a quantidade de curtidas das postagens – tem consequência positiva sobre o equilíbrio emocional da população pediátrica, uma vez que inibe a comparação entre os usuários e a hierarquização de pessoas.
LIBERDADE - “Essa maior liberdade permite que as publicações sejam feitas sem competição e sem gerar esse sentimento de mais ou menos valia em relação aos outros. A expectativa sobre o resultado das publicações, se há um número suficientes de curtidas e toda essa busca por aprovação gerava uma ansiedade excessiva, muitas vezes associada inclusive à depressão”, esclareceu.
Segundo a especialista, crianças e adolescentes vivenciam um mundo mediado pela tecnologia e muitas das situações irreais compartilhadas nas redes sociais provocam o desejo de que a vida também seja perfeita, algo incompatível com a realidade.
“Existem idades adequadas para participar desses aplicativos, no caso do Instagram é no mínimo 13 anos. Mesmo assim, os pais devem avaliar a real necessidade dessa adesão. Antes disso, a criança não tem maturidade para discernir a adequação das postagens e qual o tempo seguro de utilização dessas ferramentas”, reforça.
TEMPO DE TELA – Por não possuírem filtros adequados à faixa etária pediátrica, a maioria das redes sociais representa um risco significativo. Conforme orienta a SBP, pais e responsáveis devem acompanhar os diferentes conteúdos acessados por crianças e adolescentes e discutir com seus filhos práticas para o bom uso da internet e mídias digitais.
O tempo de tela diário recomendado para crianças acima de seis anos e adolescentes é de no máximo duas horas. De dois a seis anos de idade, o uso não deve ultrapassar uma hora por dia. Crianças menores de dois anos não podem ser expostas às telas, com riscos de prejuízos no processo de desenvolvimento. Para saber mais informações, acesse os documentos científicos “Saúde de Crianças e Adolescentes na Era Digital” e “O papel do pediatra na prevenção do estresse tóxico na infância”.
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