O Departamento Científico de Endocrinologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou, nesta semana, o documento “Hipovitaminose D em pediatria: recomendações para o diagnóstico, tratamento e prevenção”. Trata-se do nono texto produzido pelas áreas dedicadas à produção e à atualização de conhecimentos que foram colocados à disposição dos profissionais, no segundo semestre de 2016.
No documento é feita a atualização de conteúdos que constavam de texto, produzido em 2014, que tratava da deficiência da vitamina D em crianças e adolescentes. Em virtude dos recentes avanços e de numerosas publicações nessa área, os membros do DC de Endocrinologia entenderam ser necessário revê-lo com novas informações sobre a fisiologia e a ação da vitamina D, entre outros tópicos.
O texto final foi produzido pelo grupo coordenado pelo dr Crésio de Aragão Dantas Alves (presidente). Também integram o Departamento Científico de Endocrinologia, a dra Kassie Regina Neves Cargnin (secretária) e os drs Leila Cristina Cardoso de Paula, Lena Stiliadni Garcia, Paulo Ferrez Collet-Solberg, Raphael Del Roio Liberatore Jr, Renata Machado Pinto e Ricardo Fernando Arrais (conselho científico).
PAPEL FUNDAMENTAL - Embora definida como vitamina, a vitamina D é, conceitualmente, um pró-hormônio que desempenha papel fundamental na homeostasia do cálcio e metabolismo ósseo. É encontrado sob duas formas: ergocalciferol (ou vitamina D2) e colecalciferol (ou vitamina D3).
O material produzido pelo DC de Endocrinologia explica, ainda, que além de sua ação comprovada na mineralização óssea e homeostasia do cálcio, a vitamina D está envolvida na regulação de mais de 1.000 genes, o que sugere que possa ter um papel em muitos outros processos fisiológicos.
Para a elaboração do documento, foram analisados, estudos epidemiológicos que apontam para ações extraesqueléticas da vitamina D, sugerindo que sua deficiência possa se associar a diabetes melito tipo 1, asma, dermatite atópica, alergia alimentar, doença inflamatória intestinal, artrite reumatoide, doença cardiovascular, esquizofrenia, depressão e variadas neoplasias (ex: mama, próstata, pâncreas, cólon).
INSUFICIÊNCIA - O trabalho relata ainda que a insuficiência e a deficiência de vitamina D são comuns em lactentes alimentados exclusivamente ao seio, principalmente se nascidos prematuros (quando tiveram menos tempo de acumular depósitos transferidos da mãe pela placenta), e filhos de mães que tiveram hipovitaminose D durante a gestação, ou de pele escura, dentre outros.
Como causas frequentes de hipovitaminose D, relata o documento, são citados: dieta vegetariana, medicamentos (anticonvulsivantes, antirretrovirais, glicocorticoides, antifúngicos [cetoconazol]), síndromes de má absorção intestinal (fibrose cística, doença celíaca, doença inflamatória intestinal, colestase, cirurgia bariátrica) e obesidade, por exemplo.
Além de apresentar aspectos relacionados à etiologia da hipovitaminose D, o documento aborda questões como as suas manifestações clínico-laboratoriais e radiológicas; formas de triagem; de diagnóstico; de tratamento; e de prevenção.
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