Teve início na manhã desta quarta-feira (4) a programação oficial do 40º Congresso Brasileiro de Pediatria (40º CBP). A mesa-redonda “Defesa da Pediatria - atualizações e desafios”, mediada pelo vice-presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dr. Clóvis Constantino, trouxe aos congressistas dois importantes e atuais temas: a presença do pediatra na Atenção Primária e a Telemedicina.
No primeiro painel, o diretor de Defesa Profissional da SBP, dr. Fábio Guerra, apresentou a situação atual, os avanços e as perspectivas de tornar realizada a efetiva participação dos pediatras nos Programas de Saúde da Família. Segundo ele, atualmente nem todas as equipes multidisciplinares contam com a presença do pediatra.
Na ocasião, ele apresentou dados que confirmam a alta densidade de especialistas no Brasil e destacou que o País precisa colocar em prática um plano mais completo no atendimento do PSF aos cidadãos. “Os 26 estados e o Distrito Federal contam, em média, com 20,8 pediatras para cada grupo de 100 mil habitantes, índices compatíveis com países europeus. Mesmo os estados com menor quantidade de pediatras, como o Maranhão (7,4/100 mil), permanece com índice comparável ao de países como o Canadá e a Austrália”, disse.
O diretor da SBP lembrou que a lei nº 13.257/2016, que dispõe sobre as políticas públicas para a primeira infância, reconhece a importância da atuação de profissionais capacitados no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das crianças brasileiras. Para ele, as peculiaridades da segunda infância e da adolescência também são de suma importância e devem ser atendidas por meio de ações com foco na promoção, prevenção e assistência da saúde.
Nos últimos anos, lembra o diretor, a SBP vem travando uma luta constante pela definição de políticas públicas que aumentem no País a presença dos especialistas em crianças e adolescentes nos serviços da Atenção Básica. “Entendemos que os pediatras precisam ser valorizados em sua função, já que são os mais capacitados para cuidar da saúde infantojuvenil”, disse.
TELEMEDICINA – A prática da telemedicina foi o tema do representante do Conselho Federal de Medicina (CFM) e diretor técnico do Hospital Pequeno Príncipe, Donizetti Gimaberardino Filho. Relator da Resolução do CFM que entrará em vigor nos próximos dias, o médico destacou que a principal preocupação da autarquia foi assegurar na norma os princípios da autonomia do médico e do paciente, a responsabilidade e a segurança com os dados dos pacientes.
Tratou, ainda, sobre a influência da pandemia na telemedicina e como os atendimentos à distância aumentaram devido à exigência de distanciamento social. Apesar de ser um tema bastante complexo, o relator disse se manter otimista com “as oportunidades que podem ser abertas com uma melhor integralização da telemedicina”.
Melhoria da qualidade da atenção à saúde, racionalização de recursos e acesso da população às necessidades de saúde foram alguns dos pontos de destaque na discussão. Ética, cuidado e qualidade no diagnóstico foram constantemente frisados ao longo de sua fala.
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