O Departamento Científico de Nefrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou um novo documento para auxiliar os pediatras a promover a prevenção e o diagnóstico da Doença Renal Crônica (DRC) em pacientes pediátricos. Conforme esclarece a publicação, a doença é classificada em cinco diferentes estágios, numa escala progressiva de gravidade, sendo o monitoramento da taxa de filtração glomerular estimada (TFG) o ponto chave no diagnóstico e seguimento de crianças e adolescentes.
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De acordo com o texto, a TFG é um marcador da massa renal em funcionamento, que sinaliza a diminuição do número de néfrons e a consequente redução da filtração. O acesso às medidas invasivas para avaliação desse índice pode ser difícil na prática clínica, por isso, é recomendada a substituição do método por equações pediátricas específicas, que utilizam, por exemplo, os níveis de creatinina sérica e a altura do paciente.
CAUSAS – O documento informa também que as principais causas de DRC em crianças variam conforme a faixa etária. Nos menores de cinco anos são mais frequentes as malformações congênitas do trato urinário. Nos escolares e adolescentes, são apontadas as glomerulopatias, as uropatias (bexiga neurogênica, nefropatia do refluxo), as doenças hereditárias (nefronoftise, Alport, cistinose, doença renal policística) e as sequelas de doenças sistêmicas, como o lúpus eritematoso sistêmico, a síndrome hemolítico urêmica e outras.
Além disso, constam como fatores de risco modificáveis para a evolução da DRC para estágios mais avançados: hipertensão arterial, obesidade, tabagismo e proteinúria. A exposição a medicações nefrotóxicas também acelera a evolução da doença.
MANIFESTAÇÕES – Segundo a publicação da SBP, o comprometimento clínico ocasionado pela DRC é múltiplo e inespecífico, sendo reconhecido apenas em estágios avançados da doença. Os principais sintomas são alterações cardiovasculares, anemia, doença óssea associada ao hiperparatireoidismo, anorexia e alterações do crescimento e desenvolvimento.
Alguns exames laboratoriais e de imagem podem ser associados à avaliação clínica para uma conclusão diagnóstica efetiva, entre eles: medir peso, estatura e perímetro cefálico de lactentes; avaliar estágio puberal; verificar pressão arterial; hemograma; exames de ureia, creatinina, eletrólitos e reserva alcalina; exames de cálcio total e iônico, fósforo, PTH, fosfatase alcalina e 25 (OH) vitamina D; exame qualitativo de urina; e ultrassom renal.
No texto, são descritas ainda orientações a respeito do calendário vacinal do paciente pediátrico com DRC e outros cuidados de condução, com ênfase em medidas antecipatória para evitar o aumento da morbidade da doença.
“Os pacientes com DCR devem ser acompanhados por equipe multiprofissional, composta por nefrologista, pediatra, nutricionista, psicólogo, enfermeiro, assistente social, entre outros. O diagnóstico precoce tem o potencial de reverter, retardar ou prevenir o avanço da doença”, conclui o documento.
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