Em comemoração ao Dia Nacional do Cego, celebrado em 13 de dezembro, o projeto “Dr. Bartô e os Doutores da Saúde” disponibiliza quatro livretos infantis adaptados ao braille. As publicações, que também contam com versões em formato de audiobook, tem como intuito auxiliar na conscientização de crianças cegas sobre os riscos do álcool, tabaco e outras drogas, a partir de uma abordagem divertida e didática.

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Os livros serão distribuídos a quatro bibliotecas da prefeitura de São Paulo (SP) e à Fundação Dorina Nowill. O material serve ainda como instrumento de apoio para pediatras, educadores e familiares na educação sobre aspectos problemáticos das drogas lícitas – álcool e cigarro –, com ênfase na faixa etária do ensino fundamental 1 e 2.

“Em função da pandemia e dos riscos do aumento do consumo de álcool dentro de casa, adiantamos para abril o lançamento de três audiobooks. Nesta semana, com a chegada do Dia Nacional do Cego, divulgamos uma nova publicação chamada ‘O tucano que voava cada vez mais alto’, além dos livretos impressos em braille”, explica dr. João Paulo Becker Lotufo, coordenador do projeto e especialista em álcool e outras drogas da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

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O PROJETO - Idealizado para prevenir o uso de drogas lícitas e ilícitas entre a população pediátrica, o projeto “Dr. Bartô e os Doutores da Saúde” promove uma série de ações com foco na conscientização do tema junto a crianças e adolescentes. Entre as principais iniciativas, constam a elaboração de livretos e vídeos animados sobre os malefícios das drogas, sempre com adaptações para cada idade; a realização de palestras em todo o País; e principalmente a divulgação da técnica do “Aconselhamento Breve”.

“Educadores e pediatras sempre devem reservar alguns minutos da consulta ou aula para abordar os perigos associados ao uso das drogas. O ‘Aconselhamento Breve’ nada mais é que uma conversa objetiva e clara de orientação, é um método eficiente de prevenção. Além disso, também é fundamental que essas indicações sejam direcionadas aos pais, dando destaque à necessidade do bom exemplo”, reforça.

Conforme esclarece o dr. João Paulo Becker Lotufo, é importante trabalhar pela prevenção em todas as faixas etárias, uma vez que quanto mais cedo o paciente tem acesso a drogas, mais danos elas podem trazer à sua formação. Além disso, conforme apontam diferentes evidências, aqueles que começam a fazer uso dessas substâncias antes dos 21 anos têm mais chance de ficar dependentes.

“O consumo de drogas é um problema de saúde pública que precisa ser debatido e enfrentado por toda a sociedade. Quanto mais cedo conseguirmos educar e alertar as crianças e os jovens, mais chances de termos adultos saudáveis e felizes”, conclui ele.