Representante dos Conselhos de Medicina e lideranças políticas cobraram do ministro da Saúde, Ricardo Barros, uma solução urgente para os inúmeros problemas que têm tornado caótico o atendimento médico nos hospitais estaduais do Rio de Janeiro. O apelo foi feito durante reunião realizada, na manhã desta quinta-feira (17), em Brasília (DF).
O 2º Secretário do Conselho Federal de Medicina (CFM) e membro do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), Sidnei Ferreira, participou do encontro e aproveitou a oportunidade para deixar nas mãos de Ricardo Barros um extenso dossiê com os resultados de fiscalizações e vistorias realizadas nas unidades da rede pública, nos últimos meses.
Ferreira, que também é secretário-Geral da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), relatou a materialização da crise nos locais de assistência. “Diversas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) já estão fechadas ou com funcionamento comprometido em todo o estado do Rio de Janeiro. Os médicos fazem o possível, mas já estão sem condições de trabalhar. Hospitais, como por exemplo, o Getúlio Vargas, Alberto Schweitezer e Adão Pereira Nunes sofrem com a falta de insumos básicos. Eles estão sendo obrigados a fechar leitos e desmarcar cirurgias pela falta de materiais e condições de trabalho”, relatou.
O grupo de lideranças defendeu a intervenção do governo federal na área de saúde do estado, que possui um déficit de quase R$ 2,5 bilhões nas contas da área e ainda sofre com a ameaça de fechamento de hospitais na capital e no interior. Outro grave problema apontado pelos representantes fluminenses é o enfrentado pelo Instituto de Hematologia (Hemorio).
De acordo com Sidnei Ferreira, a unidade não está conseguindo fazer coleta de dadores de sangue e de medula por falta de insumos. Ele chamou ainda a atenção para a situação do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE). “Trata-se de um hospital que além de ter grande importância na formação de médicos residentes e outros profissionais de saúde, também é referência no tratamento de doenças crônicas e transplantes. Para muitos pacientes o HUPE é a última esperança”, disse.
Após ouvir os argumentos apresentados, o ministro Ricardo Barros reconheceu a existência dos problemas relatados e se comprometeu a analisar o dossiê gerado pelas fiscalizações do Cremerj. No entanto, não acenou com soluções imediatas para as dificuldades enfrentadas pela população do Rio de Janeiro, descartando a intervenção do Governo Federal nos hospitais estaduais do Rio.
Na avaliação dos membros da Comitiva, a reunião foi importante por marcar o alinhamento da sociedade em torno de um objetivo comum: a cobrança por soluções urgentes para a crise que afeta a assistência em saúde na rede pública, no Rio de Janeiro. (Com informações da Assessoria de Imprensa do CFM).
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