O Departamento Científico de Terapia Intensiva da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou nesta segunda-feira (25) o documento “Sepse grave e choque séptico pediátrico”. A publicação tem como objetivo atualizar os pediatras em relação às últimas diretrizes da Surviving Sepsis Campaign (SSC), uma iniciativa global que reúne organizações profissionais com intuito de melhorar o tratamento da sepse e reduzir a alta taxa de mortalidade associada à condição.
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O texto apresenta as recomendações sobre suporte hemodinâmico pediátrico e neonatal, que atualiza as guias publicadas entre 2002 e 2016. As mudanças para 2017 consistem em indicações para que os hospitais tenham um programa de melhoria de desempenho para sepse, incluindo: pacotes de triagem para pacientes com doença aguda grave e de alto risco; implementação de protocolos com pacote de medidas “bundles”; pacotes de reconhecimento; ressuscitação; estabilização; e desempenho.
De acordo com o documento, o reconhecimento precoce do choque séptico e adesão a essas diretrizes, com estabilização rápida do paciente, evidenciaram uma redução de mortalidade de 4% para 2%. Para os especialistas, trata-se de uma diminuição expressiva, tendo em vista que a sepse tem sido a principal causa de mortalidade de crianças em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
“O fluxograma de tratamento da Sepse Grave e Choque Séptico, se baseia na reversão de choque na primeira hora, com objetivo de normalizar variáveis clínicas, hemodinâmicas globais e marcadores de perfusão tecidual. Casos refratários podem requerer oxigenação de membrana extracorpórea e terapêutica de reposição renal contínua”, explicam.
A publicação traz diferentes quadros esquemáticos a respeito dos componentes fundamentais para o manejo da sepse e choque séptico, entre eles: o controle do foco infeccioso; utilização de terapêutica com antimicrobianos; e o suporte de órgãos e sistemas do corpo humano (cardiovascular, respiratório, renal, entre outros).
QUEIMADURAS - O texto ressalta ainda a importância de não considerar a sepse na criança queimada igual à sepse observada em pacientes adultos, uma vez que há muitas diferenças no tratamento pediátrico em relação ao adulto.
“O paciente queimado está continuamente exposto a mediadores inflamatórios, dependendo da manutenção da ferida aberta. Quando a queimadura é extensa, os microrganismos poderão persistir por meses. Desde que haja suspeita de sepse no paciente queimado, deve-se iniciar antibioticoterapia empírica de amplo espectro”.
O conteúdo do documento foi elaborado pelos membros do Departamento Científico de Terapia Intensiva da SBP: Werther Brunow de Carvalho (presidente); Ricardo Maria Nobre Othon Sidou (secretário); Helena Müller; Lara de Araújo Torreão; Marcelo Barciela Brandão; Michelle Luiza Cortez Gonin; e Norma Suely de Oliveira.
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