Em busca do adoçante perfeito

Publicado em agosto de 2018 – Thais Manarini

No ano passado, o Brasil assumiu al­guns compromissos com a Orga­nização Mundial da Saúde (OMS), como frear o consumo de bebidas açucaradas e também reduzir o teor do ingre­diente doce em alimentos industrializados. A marcação cerrada tem motivo. Pesquisas divulgadas nos últimos anos mostram que o brasileiro nutre afeição especial por açúcar. Tanto que não consegue se contentar com a dose considerada adequada pela OMS, ou seja, 10% da ingestão calórica diária. Isso sig­nifica que, em uma dieta de 2 mil calorias, o desejável seria consumir até 50 gramas do in­grediente — o valor não contempla o açúcar natural dos alimentos. Só que uma mísera latinha de refrigerante já oferta 37 gramas da substância. Logo, ultrapassar a meta é fácil, fácil, o que eleva a propensão a cárie, ganho de peso, diabetes e doenças cardíacas.

(...) CRIANÇAS PODEM USAR?

Para Virgínia Weffort, presidente do departamento de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, o consumo de adoçantes pelos pequenos só faz sentido na presença de diabetes, quando é preciso controlar a quantidade de glicose no sangue. “Nessa fase, a exposição a bebidas e alimentos adoçados artificialmente pode alterar o paladar”, afirma. Assim, a preferência por doces se estende ao longo da vida, dificultando o equilíbrio na dieta. A médica Maria Edna, da Sbem-SP, ressalta que, antes dos 2 anos, não há necessidade de apresentar produtos açucarados para as crianças. “O açúcar já vem das frutas, do leite...”, diz. A partir dessa idade, é focar na moderação.

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