Representando a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a presidente do Departamento Científico de Nutrologia, dra. Virgínia Weffort, participou na última segunda-feira (23) de reunião promovida pela Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição (CGAN), do Ministério da Saúde. A pediatra foi convidada para apresentar as recomendações da SBP sobre suplementação de micronutrientes para crianças menores de cinco anos de idade. O encontro, que ocorreu em plataforma virtual, reuniu especialistas para discutirem o tema: Programas Nacionais de suplementação de vitaminas e minerais – painel de evidências.
Além da SBP, participaram do debate representantes do próprio Ministério da Saúde, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Além dos debatedores, estiveram presentes cerca de 70 participantes, entre estudantes, nutricionistas e outros profissionais de saúde.
“O convite para participar desse tipo de debate é essencial, para termos ciência das ações e novidades nessa área, além de também passarmos as orientações que publicamos periodicamente no site da SBP. Nesse encontro, foram apresentados os resultados da pesquisa Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI-2019), sobre a prevalência de anemia e deficiência de vitamina A entre crianças de 6 a 59 meses”, conta a dra. Virgínia.
Segundo ela, no encontro mostrou-se que as deficiências de ferro e vitamina A, por exemplo, diminuíram em comparação com a última pesquisa, realizada em 2006, pela Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS). “Esses dados mostram que as estratégias estão funcionando, apesar de sabermos que ainda é preciso muito trabalho”, analisa.
VULNERÁVEIS – Apesar da melhoria ao acesso à saúde e à renda da população, os dados do Ministério da Saúde mostram que os avanços são desiguais e persiste a desnutrição crônica em grupos vulneráveis da população. Fazem parte desse estrato social: indígenas, quilombolas e pertencentes às famílias beneficiárias dos programas de transferência de renda, afetando principalmente crianças e mulheres que vivem nesses bolsões de pobreza.
“Temos consciência que, apesar de termos tido avanços, ainda precisamos evoluir nessa questão. Nesse encontro, a coordenadora da CGAN, Gisele Bortolini, fez a proposta de criação de um grupo de trabalho em 2021 para discutirmos melhor as ações estratégicas para melhoria dos índices relacionados à anemia ferropriva e deficiência de vitamina A”, antecipa a presidente do Departamento Científico de Nutrologia da SBP.
Sobre o papel da SBP nessa luta, dra. Virgínia Weffort entende que é necessário manter o trabalho de orientação aos pediatras. “Lançamos periodicamente publicações, cursos de atualização e eventos visando a atualização dos profissionais sobre essa temática. Acredito que a melhoria que tivemos nos últimos anos se deve à maior conscientização das famílias, que estão compreendendo a importância de seguir as recomendações dos pediatras”, afirma.
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