Representando a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o presidente do Departamento Científico de Imunizações, dr. Renato de Ávila Kfouri, participou no dia 17 de novembro da live “Eliminação do Câncer do Colo do Útero”, promovida pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC). O principal objetivo do encontro, que contou com o apoio das instituições do Movimento Brasil Sem Câncer do Colo do Útero, foi contribuir com a divulgação da Estratégia Global para Eliminação do Câncer do Colo do Útero, liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e discutir os desafios relacionados ao enfrentamento da doença.
“A SBP se sente muito honrada de fazer parte desse grupo e acredito que temos muito a construir juntos, já que o câncer de colo do útero se mostrou uma questão multisetorial e multidisciplinar”, declara dr. Renato. Segundo a SBOC, o câncer do colo de útero é o terceiro mais incidente e a quarta causa mais frequente de morte em mulheres, somando anualmente cerca de 16 mil casos e sendo responsável por mais de 5 mil óbitos no Brasil. Considerado como um grave problema de saúde pública no País, a doença, entretanto, pode ser prevenida e curada, quando diagnosticada em estágios iniciais.
No evento, foi destacado que, embora a vacina anti-HPV esteja amplamente disponível na rede pública (SUS), é necessário melhorar sua divulgação e buscar maior aderência da população-alvo (meninas, entre 9 e 14 anos; e meninos, entre 11 e 14 anos). Nesse contexto, a SBP é considerada uma entidade central para atingir essa meta, conforme explica o dr. Kfouri.
“As imunizações assumem papel principal nessa trajetória, como uma opção mais barata e que cumpre o objetivo de evitar dor e mortes. Além do desafio de atingirmos cobertura vacinal elevada entre os adolescentes, precisamos avançar em alguns outros aspectos, como o desenvolvimento de novas vacinas, a inclusão dos meninos nos programas e termos vacinas em dose única”, disse.
Ele chamou a atenção, ainda, para a vacinação escolar. “Nenhum país no mundo atingiu coberturas vacinais e impacto na prevenção do HPV sem essa iniciativa. É essencial que lutemos por uma parceria entre os ministérios da Saúde e Educação. Além disso, defendo que a vacinação seja incluída no programa de saúde do adolescente. Se incorporarmos e envolvermos o adolescente, também como protagonista da sua própria saúde, nós teremos mais sucesso nessas campanhas”, afirma.
RP Convida: 2º episódio do videocast recebe a dra. Ana Zöllner, c...
23/05/2025 , 13:39Crianças e adolescentes podem fazer musculação? Pediatras explica...
23/05/2025 , 13:31SBP participa de cerimônia sobre aleitamento materno na Câmara do...
23/05/2025 , 12:03Síndrome Alcoólica Fetal e suas possíveis apresentações clínicas ...
23/05/2025 , 08:22Neuroblastoma: o que o pediatra precisa saber?
21/05/2025 , 08:10PED CAST SBP: "TEA e dieta hipoalergênica"
19/05/2025 , 10:22