Em live sobre saúde da mulher, SBP alerta para importância do auto cuidado

Com o objetivo de alertar a sociedade sobre a importância do autocuidado e da prevenção, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) promoveu a live “Saúde da Mulher”. A transmissão foi moderada pela presidente da SBP, dra. Luciana Rodrigues Silva, e pela presidente da Sociedade Amazonense de Pediatria (Saped), dra. Elena Marta Amaral dos Santos.

CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR NA ÍNTEGRA.

O evento contou com a participação do diretor científico da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e recém-eleito presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), dr. César Eduardo Fernandes, que ministrou a palestra “Expectativa da mulher e dos médicos na consulta ginecológica”. Na apresentação, o especialista destacou as peculiaridades da consulta ginecológica das mulheres e adolescentes.

O vice-presidente da Liga Amazonense de Combate ao Câncer (LACC), dr. Jesus Pinheiro, também estava presente na transmissão e explanou o tema “Diagnóstico precoce e tratamento do câncer de mama”. Durante a palestra, dr. Jesus apresentou dados que mostram a incidência dos cânceres que mais acometem as mulheres no Brasil: 29,7% dos casos são nas mamas; e 7,4% no colo uterino. Os números chamam atenção, pois são maiores do que os índices mundiais apresentados: 24,2% câncer de mama e 6,6% para câncer cervical.

Em comparação aos índices regionais, os dados são ainda mais alarmantes. Na Região Norte do Brasil, 41,6% dos cânceres femininos estão localizados na mama ou no colo uterino. Sendo 20,6% apenas de câncer no colo de útero. No Amazonas, os números de novos casos de câncer cervical disparam para 27,6%.

“Esses dados revelam a falta de centros de referência e as dificuldades que as mulheres enfrentam para visitar um ginecologista com periodicidade. O câncer no colo de útero é fácil de ser diagnosticado, tratado e curado, quando identificado precocemente. Então parece que, de fato, há necessidade de um alerta”, pontuou a Dra. Luciana.

Nesse contexto, dr. César destacou a necessidade da vacinação contra o HPV. “A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou uma campanha para a erradicação do câncer cervical, para chegar em 2030 com zero de casos. Se uma menina entre 9 a 12 anos de idade for vacinada, ela não vai ter câncer de colo de útero. Temos que vacinar as meninas em idade escolar. Se elas não foram vacinadas, temos que fazer exames para rastrear e tratar adequadamente”, destacou o especialista.