O tema “Cutting ou autolesão: entendendo melhor o problema nos adolescentes” será debatido no 14° Congresso Brasileiro de Adolescência pela dra. Carmen Lúcia de Almeida Santos, presidente do evento, no dia 02 de novembro. Segundo a especialista, as manifestações mais comuns ao provocar de modo voluntário ferimentos no próprio corpo são os cortes feitos com facas e estiletes nos braços, o ato de cutucar ou morder a pele dos dedos, e arrancar os fios de cabelo.
Na grande maioria dos casos, o comportamento de autoagressão é causado por um intenso desequilíbrio emocional e está associado à depressão. “Relatos como ‘eu queira aliviar minha dor’ são comumente utilizados pelos jovens para explicar suas lesões. Eles tentam transferir para o corpo físico a dor psíquica”, explica a dra. Carmen Lúcia. A competitividade da sociedade atual e a elevada pressão por resultados são outros fatores que afetam fortemente os adolescentes, “naturalmente mais vulneráveis por se encontrarem em um período de amadurecimento psíquico e emocional”, comenta.
A maior prevalência do transtorno ocorre entre pacientes na faixa etária de 13 a 18 anos, sendo duas vezes mais comum entre adolescentes do sexo feminino. Dificilmente esses jovens buscam ajuda, por isso, os pais devem ficar alertas a alguns sinais, como o uso constante de casacos e roupas compridas, mesmo em dias quentes, além de quadros de tristeza ou melancolia constantes.
Outra tendência recente do cutting que os adultos devem prestar atenção é sua disseminação através de redes sociais. “Cada vez mais, jovens compartilham fotos e textos expondo automutilações na Internet. Essas postagens estimulam a prática, que ocorre de forma solitária, mas que se torna compartilhada no ambiente virtual”, salienta a pediatra.
É fundamental procurar tratamento para as autolesões, principalmente quando os ferimentos migram dos braços para outras áreas do corpo, como a barriga e a parte interna da coxa, pois podem indicar uma tendência suicida. “A assistência para superar o transtorno envolve necessariamente acompanhamento psicológico e, muitas vezes, a administração de medicamentos”, esclarece a dra. Carmen Lúcia.
Para saber mais sobre esse e outros temas, inscreva-se no 14° Congresso Brasileiro de Adolescência pelo www.adolescencia2016.com.br.
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