A esofagite eosinofílica (EoE) é uma enfermidade que vem sendo reconhecida com frequência crescente nas últimas duas décadas, avaliam os membros do Departamento Científico de Gastroenterologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Em documento científico publicado pelo grupo nesta semana, os especialistas apontam que, em pediatria, a EoE acomete principalmente pacientes em idade escolar, com pico de incidência ao redor dos 10 anos de idade e com maior predominância no sexo masculino.
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De acordo com Departamento, a EoE tem sido observada em diferentes grupos étnicos, com maior prevalência na raça branca e pode acometer pacientes em qualquer idade. Aparentemente, revelam os pediatras, há um aumento na percepção diagnóstica. No entanto, se tem observado uma verdadeira escalada no aparecimento de casos novos.
“A EoE é uma enfermidade crônica e imunologicamente mediada do esôfago, caracterizada clinicamente por manifestações de disfunção esofagiana e histologicamente por inflamação predominantemente eosinofílica. Os lactentes e crianças menores podem apresentar dificuldades alimentares, vômitos e sintomas de refluxo enquanto as crianças maiores, adolescentes e adultos podem apresentar também disfagia e sensação de que o alimento obstrui o esôfago (impactação alimentar)”, relatam.
No texto, informam ainda que não existe consenso em relação à quantidade e à distribuição de eosinófilos no trato gastrointestinal de pacientes pediátricos, sem doença concomitante, o que torna o diagnóstico desse tipo de doenças um desafio. “Deve-se levar em consideração que nas doenças eosinofílicas, além do número elevado de eosinófilos, pode-se observar a presença de microabscessos eosinofílicos, criptite, fibrose e, principalmente, um quadro clínico compatível. Além disso, deve-se fazer o diagnóstico diferencial com eosinofilias secundárias a uma variedade de outras causas”.
O documento aborda também questões como a fisiopatologia, diagnóstico, manifestações clínicas, achados endoscópicos e histológicos, tratamento e avaliação da resposta ao tratamento e prognóstico. O grupo de especialistas que assinam o documento é composto pelos drs. Mauro Batista de Morais; Aristides Schier da Cruz; Ana Daniela Izoton de Sadovsky; Katia Galeão Brandt; Matias Epifanio; Mauro Sérgio Toporovski; Rosane Costa Gomes e Sílvio da Rocha Carvalho (Conselho Científico), além dos colaboradores drs. Cristina Palmer Barros, Cristina Targa Ferreira e Mário C. Vieira.
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